Taxista seqüestrado e carbonizado

Seqüestrado por um rapaz e dois adolescentes, em frente a Santa Casa de Paranaguá, às 19h30 de anteontem, o motorista de táxi Marcos Antônio de Camargo Magalhães, 51 anos, foi encontrado morto, na tarde de ontem, em um matagal nos fundos do Jardim Jacarandá, em Praia de Leste. A vítima teria sido morta a golpes de chave de fenda e teve o corpo totalmente carbonizado. Os assaltantes fugiram para Curitiba e no início da noite foram localizados, em uma casa no Capão Raso, e presos por investigadores do Centro de Operações Policiais Especiais (Cope).

De acordo com o que foi apurado, Messias Domingos, 23 anos, e dois garotos, de 16 e 17 anos, envolveram-se em uma briga, em Paranaguá, por causa de drogas. O mais velho dos adolescentes foi ferido no braço e na cabeça. Levado para a Santa Casa, recebeu curativos e foi liberado. Acompanhado pelos dois cúmplices, ele saiu do hospital e apanhou o táxi na rua em frente.

Discussão

Segundo motoristas que trabalham no mesmo ponto, Marcos Antônio não quis levá-los porque não entraram em um acordo quanto ao preço da corrida. O trio insistiu, até que o motorista concordou em transportá-los. No percurso, eles renderam a vítima, obrigando-a a seguir até o Jardim Jacarandá, onde a espancaram e assassinaram. Depois, para ocultar o corpo, atearam fogo. Com o carro, o Corsa ano 2001, prata, placa ALT-0034, os três fugiram para Curitiba, onde acabaram capturados.

Dentro da casa, na qual estavam com outras cinco pessoas, a polícia encontrou o aparelho de som do veículo e uma chave de fenda, que seria a arma do crime, em uma sacola. ©Somente os exames de necropsia determinarão a quantidade de golpes, que a vítima recebeuª, disse o delegado Luiz Carlos, que autuou os acusados em flagrante, por roubo seguido de morte. O carro de Marcos Antônio também foi recuperado, mas o celular dele já havia sido vendido a uma amiga dos acusados, conforme Messias relatou à polícia.

Ação

O sumiço do motorista foi comunicado à polícia pela família e, quando o cadáver foi encontrado, surgiu a suspeita de que poderia ser o taxista. No Instituto Médico Legal de Paranaguá a esposa reconheceu o corpo. Imediatamente, os investigadores da Polícia Civil, que atuam na Operação Verão, iniciaram as diligências.

Na Santa Casa foi apurado o nome do indivíduo agredido e checados os endereços que eles forneceram para a ficha hospitalar. O endereço era no litoral, mas através dele foi possível apurar os locais onde os três estariam em Curitiba. O Cope foi então acionado e, pouco depois, localizou e capturou os suspeitos. Taxistas de Paranaguá, revoltados com o episódio, chegaram a programar uma manifestação em frente à delegacia, porém antes que se mobilizassem receberam a informação da prisão dos suspeitos.

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