Suspeitos de matar Giovanna fogem da cidade

Um mês depois que o corpo de Giovanna dos Reis Costa, 9 anos, foi encontrado, jogado em um terreno baldio do município de Quatro Barras, a polícia ainda não desvendou o crime. Vera Petrovich, o filho dela Pero Petrovich Theodoro Vichi, sua amásia de 15 anos, e o pai da jovem, Renato Michel, são tidos como suspeitos de envolvimento no assassinato. Desde que Giovanna foi morta eles abandonaram a casa onde moravam, e ontem foram despejados pela imobiliária do município.

Por volta das 15h, um caminhão parou em frente à residência, na Rua Ângelo Florêncio Ribeiro, Jardim Patrícia. Além dos móveis -roupas, sapatos, santos e velas foram carregados para o caminhão. A proprietária do imóvel e o administrador da imobiliária, disseram ter tentado várias vezes contato com a família. "O contrato deles venceu este mês e o aluguel está atrasado há dois meses", disseram.

A mudança foi levada por um funcionário de Vera. "Há um ano emprestei meu nome para ela alugar a casa. Agora, como fui cobrado pela imobiliária, tenho que levar tudo. Se ela quiser seu pertences, que me procure, pois ela não atendeu meus telefonemas", disse o funcionário. O advogado da família, Samir Mattar Assad, disse que os Petrovich abandonaram a casa, porque ficaram com medo da população, e pelo mesmo motivo também não fizeram a mudança.

Investigações

Apesar dos esforços da delegada do município, Margarete Alferes Mota, e de sua equipe, nenhuma prova concreta que pudesse levar à autoria do assassinato foi encontrada até agora. Todos os membros da família Petrovich já foram ouvidos, mas os exames dos objetos levados da casa deles ainda não foram concluídos.

Um mês sem Giovanna

Nos últimos 30 dias a família de Giovanna convive com o medo, a dor e a revolta. Segundo Cristina Aparecida Costa, 31 anos, e Altevir Costa, 39, pais da menina, não foi apenas a rotina deles que mudou, mas também o comportamento dos outros quatro filhos do casal, de 2, 6, 10 e 12 anos.

Antes da tragédia, a família era acostumada a passear e viajar. Agora, as crianças ficam em casa e brincam no quintal, sob o olhar atento dos pais. "A gente ia no zoológico, em parques, à praia, mas agora tudo perdeu o sentido", disse a mãe. Ela contou ainda que pretende levar seus filhos para tratamento psicológico. "Sinto também que eles mudaram. O Lucas(6) está mais chorão e a Bruna, (6) revoltada. Ela não quis mais estudar pela manhã, porque era acostumada a ir para aula com a Giovanna. Tudo o que aconteceu abalou muito a gente. Estamos vivendo um pesadelo", contou Cristina.

A mãe diz que precisa saber porque e quem assassinou sua filha. Depois que o caso estiver solucionado, ela pretende dar novo rumo à vida de sua família e até mesmo deixar o município, onde mora há doze anos. "A gente fica ansiosa. O que me consola é ter certeza que Giovanna está bem, pois minha filha era uma criança maravilhosa e nós acreditamos muito em Deus", finalizou Cristina.

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