Suspeito de participar de homicídio na CIC diz que se recusou a matar

Policiais do 11.º Distrito Policial (Cidade Industrial) prenderam, ontem, Cleiton Carneiro, 19 anos, o ?Cleitinho?. Ele e Juliano Pedroso dos Santos, 21, são suspeitos de executar a tiros Anderson Bartos, no início de abril. Cleiton negou o crime. O seu comparsa, que tem prisão preventiva decretada, está foragido.

Logo que os autores foram identificados e seus mandados de prisão expedidos pela Vara de Inquéritos Policiais, investigadores começaram a procurá-los. Foram diversas vezes na casa dos suspeitos, mas não os encontraram. Ontem, o delegado Gerson Machado soube que Cleiton iria se apresentar, com advogado, na Delegacia de Homicídios, e enviou um investigador para prender o suspeito.

Crime

Anderson voltava do trabalho, no final da tarde de 4 de abril, quando foi abordado por dois indivíduos na motocicleta Titan placa APC-4012, na Rua Artur Martins Franco, CIC. O garupa, que seria Cleiton, apontou a arma para a vítima, mas não teve coragem de atirar. Então Juliano, o piloto, tomou-lhe a pistola e deu sete tiros em Anderson. O rapaz foi transportado ao Hospital do Trabalhador, onde morreu horas depois.

Cleiton afirmou à polícia sequer conhecer a vítima. No entanto, investigações apuraram que Juliano foi três vezes à casa de Cleiton, na Vila Barigüi, procurá-lo. Então, ambos saíram na moto para matar Anderson. Cleiton ter se negado a atirar, explicou Machado, não o isenta da responsabilidade pelo assassinato. ?Não atirou, mas também não fez nada para evitar o crime?, explicou o delegado, que o autuou por co-autoria de homicídio, que pode lhe dar até 10 anos de cadeia.

Procurado

Já Juliano, indiciado como autor, pode pegar entre 12 a 30 anos de prisão. Ele teria entregue a arma a Cleiton para cometer o crime, pensando que o comparsa ainda era menor de 18 anos.

O motivo do crime, segundo informações extra-oficiais, seria confusão por causa de mulher. O inquérito que apurou a execução já foi concluído e encaminhado ao Ministério Público. Quem tiver informações sobre o paradeiro de Juliano, pode informar o 11.º DP através do telefone (41) 3347-1122.

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