A Polícia Civil de São José dos Pinhais descobriu que Carlos Alberto Bittencourt Silva de Oliveira, 22 anos, o “Bocão”, preso em flagrante por porte de arma, também é investigado por dois homicídios na cidade. “Bocão”, casado e pai de gêmeos, afirmou que conheceu a palavra de Deus e se sente arrependido dos homicídios, porém disse que as vítimas morreram porque mereceram. Também garantiu que não quer matar mais ninguém, a não ser que se sinta ameaçado.
“Bocão” foi preso pela Polícia Militar em 13 de agosto, com um revólver calibre 38. Conforme explicou o superintendente Clóvis Pinheiro, a polícia descobriu que ele era autor de outro assassinato, ocorrido horas antes da prisão. “Bocão” confessou que, ao ouvir um amigo se queixar que teve seu notebook roubado por Maicon Tiago Rezer, 18 anos, chamou o “colegiado” de marginais e o grupo decidiu que o ladrão tinha que pagar pelo que fez.
O grupo levou Maicon até uma casa do Jardim Aquários e torturou o rapaz até ele confessar que tinha pegado o computador. Quando a vítima confessou o roubo à força, segundo o superintendente, os marginais colocaram a vítima no porta-malas de um carro, o levaram a um matagal da Rua João Kosiak, na Colônia Murici, e o executaram. O corpo só foi encontrado 12 dias depois, por causa dos animais que rondavam o local.
Outro
Ele já era investigado pelo assassinato de Adão Mendes, 51 anos, em 10 de agosto, na Planta São Marcos. O detido alegou que Adão tinha uma dívida de cocaína com ele, mas que não é o responsável pelo assassinato. Disse que apenas cedeu a arma a um rapaz, de 25 anos, para que ele cometesse o homicídio. O suposto matador foi ouvido na delegacia, mas negou o crime. Por conta disto, “Bocão” chamou o ex-comparsa de traidor, porque não quis assumir o crime e jogou toda a responsabilidade em suas costas.