Começou às 13h desta segunda-feira (11) o julgamento de Fernando Sant‘Ana. Ele e mais duas pessoas são acusadas de matar a facadas o estudante Lucas Augusto de Carvalho, 18 anos, na Rua Inácio Lustosa, no São Francisco, próximo ao Shopping Mueller, em 5 de setembro de 2010.

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Lucas foi atacado por supostos skinheads – grupo de orientação neonazista – que teriam sido agredidos por punks dois meses antes e acreditaram que Lucas era um dos agressores.

Os advogados Khalil Vieira Proença Aquim e Heitor Luiz Bender tentarão provar aos jurados que seu cliente não tem ligação com a ideologia neonazista dos skinheads, como divulgado na época do crime. Os materiais com símbolos nazistas mostrados pela polícia teria sido apreendidos na casa de um adolescente, que era apenas conhecido de Fernando.

“É um processo muito complexo e confuso, que foi desmebrado em muitas partes, em várias operações grandes. Talvez esta complexididade tenha levado a algum desencontro de informações e tornado a história de briga entre punks e skinheads exagerada. Assim como os acusados não eram skinheads, os amigos do Lucas não eram punks. Apenas gostavam de rock e usavam roupas que remetem a este estilo”, analisou Heitor.

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O advogado confirmou que, meses antes, Fernando foi atacado à faca por um punk, mas foi apenas um agressor e tratou-se de assalto, não de briga de grupos rivais.

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Os advogados também vão tentar mostrar aos jurados que Fernando estava no grupo, mas não foi ele que esfaqueou o jovem. Fernando está preso. A previsão é que o júri, presidido pelo juiz substituto Leonardo Stancioli, se encerre no começo da noite. Marcelo Balzer Correia irá atuar como promotor de acusação.

Gabriel de Oliveira Cata Preta, 23 anos, e Jean Michel Zampiva, 27, são os outros dois denunciados pelo Ministério Público pelo homicídio. Gabriel foi julgado em 13 de agosto do ano passado e pegou 14 anos de prisão.

Jean teve problemas de saúde e não há previsão de quando irá a julgamento. Outro rapaz foi deunciado pelo MP, mas teve o seu processo desmembrado dos demais. Ele teria ganho benefício de delação premiada e pode não ir a júri.