DFRV

Superlotação na carceragem da DFRV gera risco de invasão

A superlotação na Delegacia de Furtos e Roubos de Veículos,as frequentes tentativas de fuga e a prisão de dois carcereiros fazem da carceragem um “barril de pólvora”. Surgiu a informação que parentes e amigos de presos ameaçam invadir a DRFV para forçar a fuga em massa, o que colocaria em risco os detentos e os policiais.

Com o afastamento de Neri Matheus Marcondes Kreninski e Paulo Pereira da Silva, indiciados por ter ajudado na fuga de três presos no fim de semana e por tráfico de drogas e corrupção, investigadores cuidam da carceragem. “Eles têm de deixar seu trabalho nas ruas para cuidar dos detentos e atender as pessoas na delegacia. Isto é caracterizado como desvio de função”, afirma o presidente do Sindicato dos Investigadores da Polícia Civil do Paraná, Roberto Ramires.

Ofício

O delegado Gerson Machado explicou que não teve alternativa a não ser afastar os carcereiros. “Somente um investigador está ajudando na carceragem quando ele volta do trabalho externo, no fim da tarde”. Ele disse que solicitou três carcereiros à Secretaria da Segurança Pública, que estuda a contratação dos que participaram do processo seletivo.

Aperto

Na semana passada, depois de tumulto nas celas, 44 presos foram transferidos. Mesmo assim, as celas, com tamanho de 1,30 por 3,30 metros estão entupidas com cerca de 10 detentos cada. Eles dormem em redes, pois não há camas, nem espaço no chão para deitarem. Anteontem, dois detentos tentaram fugir se escondendo em sacos de lixo, mas foram descobertos. Com a superlotação, tanto presos quanto visitantes e funcionários podem pegar doenças. “Seria necessário que as celas tivessem 9 metros quadrados para comportar dez homens. Enquanto eles não forem transferidos estes problemas vão continuar”, alertou Ramires.