O síndico e empresário José Francisco Prestes, 58 anos, só irá falar sobre o assassinato do bancário aposentado Sérgio Alaor Klupel, 64 anos, em juízo. Ontem, a delegada Selma Braga, titular do 2.º Distrito Policial (Rebouças), esteve no Hospital Evangélico, na capital, onde José Francisco permanece internado, mas não conseguiu obter a versão do síndico sobre o caso. Ela adiantou que o inquérito policial será concluído hoje. Apesar de José Francisco estar preso em flagrante, a delegada irá solicitar que a Justiça decrete a prisão preventiva dele e que determine sua remoção do hospital, onde está num quarto particular, para o Complexo Médico-Legal (CML), em Piraquara.
O advogado Marden Maues, que defende José Francisco, informou que seu cliente irá esclarecer todas as dúvidas e está disposto a colaborar. ?Ele se reservou o direito de falar em juízo porque ainda não está em condições?, explicou. ?Tão logo ele se recupere, irá prestar todas as informações. Mas isso só deverá ocorrer na fase processual?, acrescentou.
Tiros
De acordo com informações apuradas pela polícia, o bancário aposentado, que também era conselheiro do condomínio, estava investigando o síndico e descobriu que ele teria dado um rombo nas contas, de R$ 19,8 mil. Por volta das 9h30 do último dia 27, José Francisco chegou no Edifício Barão do Cotegipe, um condomínio de luxo, no Água Verde.
Ele entregou um envelope para o porteiro do prédio, em nome de Sérgio. O funcionário interfonou para ele. Assim que o bancário desceu do elevador, foi abordado por José Francisco, que o convidou para ir ao salão de festas do prédio. Lá, desferiu dois tiros na cabeça de Sérgio e depois atirou contra o próprio peito. Sérgio morreu no local e José Francisco foi socorrido e encaminhado ao Hospital Evangélico, onde permaneceu dois dias na Unidade de Terapia Intensiva (UTI).