Sinal vermelho é perigo certo

Em 7 de julho, às 19h, uma juíza federal parou seu carro num dos semáforos da Avenida das Torres, entre o Viaduto do Colorado e a BR-116. Num instante, um ladrão “estourou” o vidro do passageiro com uma pancada, meteu a mão e levou a bolsa da motorista. Mais tarde, um adolescente e um menino, de apenas 11 anos, foram capturados pela Delegacia de Furtos e Roubos (DFR), acusados do furto. Mas a bolsa que continha inúmeros documentos desapareceu, causando enorme transtorno à juíza.

Esta modalidade de crime não é nova, mas segue se repetindo com freqüência assustadora. Entre 30 e 40 casos são registrados mensalmente pela Delegacia de Furtos e Roubos, apenas naquela região que margeia a Vila das Torres. Mesmo efetuando prisões, a polícia não consegue controlar o problema e já planeja providências drásticas na tentativa de minimizá-lo.

Proliferação

Desde novembro do ano passado, cerca de 15 pessoas – em sua maioria adolescentes – foram presas pela DFR por furtos contra motorista naqueles semáforos. Mas, enquanto os ladrões permanecem pouco tempo na cadeia, outros aparecem, perpetuando a insegurança para quem atravessa a região de carro. “Só o policiamento preventivo resolverá o problema”, diz o delegado titular da DFR, Rubens Recalcatti.

Normalmente, o ladrão age sozinho, ou no máximo em dupla. Com um pedaço de pau, estoura o vidro, leva o que estiver “dando sopa” no banco do passageiro e corre em direção à favela da Vila das Torres. As ações ocorrem entre às 7h e a meia-noite, e as mulheres ainda são as vítimas preferidas.

Recalcatti sugere medidas preventivas peculiares, como a instalação de cercas com grades entre a rua e a calçada, ou de placas alertando os motoristas que a região é de risco.

“Não fica bem para o poder público, mas se serve para minimizar os índices, é válido”, afirma o delegado. Enquanto os furtos não cessam, o delegado orienta os motoristas a carregar apenas os documentos estritamente necessários e não deixá-los no banco do passageiro.

Voltar ao topo