Sexo, amor e traição nos bastidores da Assembléia

Depois de afirmar ter sido agredida pelo deputado Mário Sérgio Bradock, uma jovem de 22 anos resolveu denunciá-lo à imprensa, espalhando aos quatro ventos seu envolvimento amoroso com o deputado. Elize Araújo registrou queixa na Delegacia da Mulher na última sexta-feira, afirmando ter levado um tapa no rosto, desferido pelo deputado, dentro de seu gabinete. O ciúme pela jovem teria motivado a discussão que resultou em agressão, ofensas e escândalo.

Segundo Elize, há dois meses ela vinha tendo um caso amoroso com Bradock, o que lhe rendeu um cargo em comissão de secretária particular, na Assembléia Legislativa. Apaixonado pela jovem, o deputado teria comprado um veículo Fox, da marca Volkswagen, e presenteado Elize, fornecendo todos os documentos em nome dela. O tórrido romance teria findado na semana passada, quando Bradock desconfiou que pudesse estar sendo traído por sua amante.

Briga

A primeira discussão do casal aconteceu na quarta-feira, quando o deputado foi até o apartamento da jovem e soube, através do porteiro, que ela não havia dormido em casa. Bradock teria pago o porteiro para vigiar Elize. O deputado, furioso, entrou no apartamento dela, revistando-o por inteiro, mas não encontrou nenhuma evidência de que estava sendo traído. No dia seguinte o casal viajou para Laranjeiras, em cumprimento de agenda política, e o deputado questionou sobre uma ligação que Elize havia recebido no gabinete. A moça mentiu, dizendo que era de um rapaz que havia conhecido em Balneário Camboriu, Santa Catarina, onde morou antes de se mudar para Curitiba.

Na sexta-feira, Elize foi trabalhar e soube que Bradock e dois funcionários haviam ido até o litoral catarinense para descobrir quem era o rapaz que havia ligado para ela. Como não o encontrou, por volta das 11h o deputado ligou, pedindo o telefone e o endereço do rapaz. Mas como era mentira, Elize não os forneceu. Irritado, Bradock retornou para Curitiba e, no início da tarde, encontrou-se com a namorada em seu gabinete.

Tapa

Durante mais uma discussão ele teria trancado a porta e ordenado que Elize entregasse o recibo do carro para transferir os documentos para seu nome. Ao mentir, dizendo que o havia jogado fora, o deputado mandou dois funcionários revistarem sua bolsa e carteira. Bradock a teria agarrado e passado a revistá-la à força, mexendo em todos os seus bolsos. “Como ele não achou o recibo, me deu um tapa no rosto. Eu comecei a gritar, pedir ajuda, mas ninguém me ajudou”, contou.

Em meio à confusão, ela pediu para ir ao banheiro e conseguiu fugir, correndo até um outro gabinete, de onde chamou a polícia. Elize ficou escondida até o momento que os policiais militares chegaram no local e a levaram até a sala onde estava o deputado, para que pudesse apanhar sua bolsa. Com medo, ela foi levada pelos PMs para prestar queixa na Delegacia da Mulher, enquanto um funcionário da Assembléia levou o carro para ela até a delegacia. “Estou com medo que ele venha atrás de mim, por isso mudei o número do meu telefone e sai de casa”, contou.

Defesa

O deputado Mário Sérgio Bradock nega as acusações e afirma que jamais a agrediu ou teve algum relacionamento amoroso com Elize. Ele afirma que a jovem é garota de programa e, ao saber de sua vida particular, demitiu-a. “Sou casado, nunca tive nada com essa moça. É tudo mentira o que ela está dizendo, certamente quer me extorquir de alguma forma”, defendeu-se.

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