Sete são denunciados pela morte do deputado

Sete dos 12 acusados de envolvimento no assassinato do deputado estadual (pelo PTB) e radialista Tiago de Amorim Novaes – crime ocorrido em Cascavel, em 18 de dezembro de 2001 – deverão ter suas prisões preventivas decretadas hoje pela Justiça daquele município. O Ministério Público pediu as prisões do policial civil João Adão Sampaio Schiler (que já está recolhido em Curitiba desde 6 de janeiro do ano passado); Marcos Bernardes Pires; Armindo Luiz de Lima; Marcelo Alves da Rocha; Joelço Antunes das Chagas, conhecido por “Guinho”; Everson Junke e de Humberto Soares de Oliveira, que também é policial civil.

Na semana passada, Alcides Machado Meirelles, que está sendo apontado como o homem que atirou contra o deputado, foi capturado em São Paulo. Carlos dos Santos Correia, outro suspeito, está com prisão decretada, porém permanece foragido. Mais três indivíduos que teriam ligações com o caso – Sandro Almir Gelasko, Arlei Zucoloto e Luiz Carlos Bernardes Pires, o “Balaio” – morreram em confrontos com policiais.

Conclusão

Com a apuração dos nomes de todos os suspeitos, o promotor Marcelo Balzer Correia – da Promotoria de Investigações Criminais (PIC) – deu por encerradas as investigações, concluindo que o deputado foi morto por vingança. Segundo o promotor, Meirelles seria o homem que disparou 5 tiros de pistola calibre 9 milímetros contra a vítima, a mando do policial Adão Shisler. Ainda segundo Correia, a denúncia contra todos os envolvidos será apresentada hoje à Justiça.

E foram as várias denúncias sobre homicídio, assaltos e roubos de carros, feitas por Amorim em seu programa de rádio e também em um programa de televisão que comandava, que teriam motivado a vingança tramada pelo policial Schiler, na época lotado na delegacia de Cascavel. O policial era citado pelo deputado como membro da quadrilha.

Segundo o que foi apurado, a execução do deputado teria custado cerca de R$ 40 mil, dinheiro este fornecido pelo Primeiro Comando da Capital (PCC), organização criminosa que mantinha ligações com a quadrilha que Amorim denunciava.

O grupo assassino, de acordo com as investigações, pretendia primeiro matar um ex-repórter do programa apresentado pelo deputado, para intimidá-lo e obrigá-lo a parar com as denúncias. “Balaio” seria o autor da execução, no entanto não concretizou o crime porque, na noite prevista, a vítima estava em companhia de uma criança e o criminoso desistiu da empreitada. Depois disso, a morte de Amorim foi planejada e executada.

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