A Secretaria da Segurança Pública do Paraná descartou a ligação entre o assassinato do policial militar Nilson Pinheiro da Veiga, 38 anos, com as mortes de outros quatro policiais que ocorreram em janeiro deste ano no Estado. A polícia considera o crime, que seria relacionado a uma dívida por drogas, elucidado. Um adolescente de 16 anos e Denilson Martins Ferreira, 18, foram capturados.

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O soldado Nilson foi morto a tiros dentro de um Pálio, no dia 19 de janeiro. Ele estava afastado da corporação. Poucos minutos, o soldado James Wilson Camargo foi morto em Colombo. Outros três policiais militares foram assassinados no Paraná no mesmo mês.

“Gerou uma falsa impressão de que haveria uma ação coordenada contra a polícia, que já vem sendo descartada desde o primeiro momento e hoje então se comprova em relação ao fato envolvendo o soldado Nilson”, afirmou o secretário de Segurança Pública e Administração Penitenciária, Wagner Mesquita.

Provas

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Segundo o secretário, a PM já sabia da dependência de drogas do soldado Nilson, que teria sido o motivo do assassinato. O delegado responsável pela investigação, Renato Jesus de Coelho, da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), explicou que provas técnicas – como o veículo e a pistola semiautomática calibre 380 usados no crime – comprovam a autoria.

Projéteis extraídos do corpo do soldado e recolhidos no local do assassinato foram usados para o confronto balístico e, conforme o Instituto de Criminalística, comprovaram que os disparos partiram da arma apreendida.

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O delegado explicou que o adolescente tentou assumir a autoria do crime, mas o atirador seria Denilson. Segundo a polícia, os dois traficavam drogas na região e o soldado teve um desacerto com eles.

Policial preso

Poucos dias após a morte do soldado Nilson, um cabo da reserva da PM foi detido suspeito de envolvimento no crime. “Tivemos informações de que a região do tráfico de drogas teria uma certa proteção de um agente estatal e solicitamos ao Poder Judiciário a medida cautelar necessária”, comentou Renato. Conforme ele, foi descartada a participação do policial no homicídio e ele foi liberado, mas continua sendo investigado como integrante de um grupo ligado ao tráfico.