Sangue na guerra de quadrilhas

A guerra entre grupos rivais foi mesmo o motivo dos dois assassinatos ocorridos entre a noite de domingo e a manhã de segunda-feira na Vila das Torres. Esta é a conclusão da Delegacia de Homicídios, que identificou o autor da morte de Ronaldo Neves de Lara, o “Ronaldinho”, apontado com líder de uma gangue que levava seu nome.

Segundo a DH, um rapaz de 17 anos, membro da “gangue do Jaburu”, teria cometido o crime. Seria uma vingança pela morte de Rodrigo Ferreira de Castro, 19 anos, baleado dentro da lanchonete em que trabalhava, na Rua Guabirotuba, às 22h10 de domingo. Rodrigo seria um dos “Jaburus” e teria sido morto por um “Ronaldinho”, de acordo com o superintendente da DH, Neimir Cristóvão.

Fuzilado

Testemunhas ouvidas pela DH disseram que Ronaldo foi visitar o filho de dois anos na casa da ex-mulher, que fica na Rua Aquilino Orestes Baglioli. Ele entrou no sobrado, mas como não encontrou o menino, desceu a rua para entrar em sua Fiorino. Neste percurso, o menor apareceu a atirou várias vezes em Ronaldo, que tentou correr mas caiu morto em frente ao posto de saúde do bairro. Parentes de Ronaldo negam que ele fosse inimigo de Rodrigo e não acreditam na hipótese de vingança pela morte ocorrida horas antes.

Suspeito

Ronaldo era acusado de participar de homicídios na vila e prestou depoimento na DH em 5 de agosto do ano passado. Ele falou como suspeito de atirar em Orisvaldo Silva e na irmã dele, Elicione Possidoni, 26, em maio do mesmo ano. Ronaldo dispensou a presença de advogado e negou as acusações, atribuindo os disparos a um certo “Renato”. O inquérito seguia em tramitação até a ocasião do assassinato do suspeito.

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