Romance proibido termina em assassinato

Por namorar uma moça de classe média, contra a vontade da família dela, o comerciante Reginaldo Store, de 32 anos, foi assassinado com três tiros nas costas, às 18h15 de anteontem, no quilômetro 136 da BR-476, na Vila São Pedro, em Curitiba. Segundo a polícia, o suspeito é José Zamprogna, dono do Supermercado Zamprogna.

“Os carros usados no crime são de propriedade da família. Além disso, o autor deixou cair um celular junto ao corpo da vítima, que também seria dele”, argumentou o superintendente Neimir Cristovão, da Delegacia de Homicídios.

Reginaldo era dono de uma distribuidora de água mineral. Ele trafegava pela rodovia com a sua van Kombi, ano 76, de placas ABN-4553, quando foi fechado por um Fiesta cinza, placas AKK-1152, ocupado por um casal. Em seguida, outra Kombi, branca, placas AKT-4602, ocupada por três homens, emparelhou-se à do comerciante. Um dos homens disparou um tiro contra a vítima. A bala acertou o lado a porta do motorista, próximo ao teto. Em seguida, o motorista do Fiesta desembarcou, foi à Kombi do comerciante, obrigou Reinaldo a descer, arrastou-o para a frente do veículo e segurou-o, enquanto um dos homens que estava na outra van atirou em suas costas. Testemunhas informaram que na seqüência, o atirador voltou para a Kombi branca e disse ao motorista: “Serviço feito!” Depois voltou para o Fiesta, ocupado pelo casal, e fugiu em alta velocidade, no sentido do Pinheirinho para o Atuba. Já a van entrou na Vila São Pedro, fez o retorno e rumou no sentido oposto.

Gravemente ferido, Reginaldo ficou caído no acostamento. O Siate foi acionado, mas ele morreu antes da chegada do socorro. “Ele foi atingido sem tempo para se defender. Não houve luta corporal”, informou a perita Jussara Joeckel, da Polícia Científica.

Pistas

O superintendnete Neimir Cristovão, da Delegacia de Homicídios (DH), disse que o crime já está praticamente solucionado, já que o autor deixou muitas pistas para a polícia. Uma delas é o celular, que deixou cair no local a outra as placas dos veículos que foram anotadas por moradores da região. Parentes e amigos da vítima ainda testemunharam sobre o fato. “Quando atendíamos o local, o celular tocou. A pessoa do outro lado queria falar com José Zamprogna, para fazer um pedido de bebidas. Além do mais, verificamos as placas dos veículos. O Fiesta pertence a Jussara Beatriz Zamprogna Gross e a Kombi ao Comércio Alimentício Zamprogna Ltda”, salientou o policial. Neimir disse ainda que o celular da vítima estava em seu bolso, junto com uma cédula de R$ 50,00.

Parentes e amigos da vítima depuseram contra eles. “O Reinaldo namorava a Roberta (Zamprogna, filha do proprietário do supermercado) e o pai dela era contra porque o rapaz era pobre”, denunciou um amigo da vítima, que se identificou apenas pelas iniciais O.B., temendo represálias dos assassinos. “Acho que não precisavam fazer isto. Ele era o responsável por um filho de 11 anos e a mãe. E agora como fica?. Isto é covardia!”

Neimir disse que aguarda o acusado comparecer à delegacia para apresentar sua versão. “Estamos tomando todas as medidas necessárias”, adiantou o superintendente.

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