Resposta

A Secretaria de Segurança Pública divulgou ontem a seguinte nota quanto a matéria sobre o número de latrocínios publicada anteontem:
Dois jornais de Curitiba divulgaram nesta sexta-feira (08) um balanço próprio sobre o número de latrocínios ocorridos em Curitiba e Região Metropolitana no primeiro semestre de 2003. As divergências entre os dados da Secretaria da Segurança Pública e dos dois jornais da capital são explicadas a partir de um procedimento interno da Polícia Civil. Os números divulgados de forma transparente e cristalina pela Secretaria são o resultado de um trabalho desenvolvido pelo Departamento de Planejamento da Polícia Civil, que coleta relatórios mensais de todas as Delegacias de Polícia do Estado para fechar as estatísticas de crimes ocorridos no Paraná.
Tais relatórios são ?fechados? pelos delegados responsáveis por seus distritos ou especializadas, na grande maioria das vezes, durante o processo investigatório. São os delegados que apontam a tipificação de cada crime para o Departamento de Planejamento da Polícia Civil. Nesse sentido, os crimes e delitos são definidos conforme cada situação por critério dos delegados. Corpos encontrados após o crime podem ser qualificados, por exemplo, como ?morte suspeita?, em virtude de ainda estar sob investigação policial.
A maioria dos crimes qualificados como latronício por esses dois jornais foram capitalizados, inicialmente, pelo Departamento de Planejamento da Polícia Civil como homicídio doloso. Somente após o processo investigatório, muitas vezes demorado, na Central de Inquéritos é que o crime foi tipificado como latrocínio.
Ainda assim, os números continuam demonstrando que não houve um crescimento dos índices de criminalidade em 2003 em relação ao ano passado. Ao contrário. Se retirar uma dezena de homicídio doloso e classificá-la como latrocínio, o índice do segundo permanece inalterado e o do primeiro reduz ainda mais.
É importante frisar que os dados fornecidos pela Secretaria da Segurança Pública na semana passada referem-se somente aos primeiros cinco meses do ano, excluindo-se então o balanço do mês de junho.
Ao divulgar seus dados oficiais, a Secretaria da Segurança Pública jamais pretendeu maquiar os reais problemas, afeitos a esta pasta, que o Estado vive neste novo milênio. Desde que assumiu, em 22 de maio, o cargo, o secretário Luiz Fernando Delazari tem consciência do enorme desafio que está enfrentando e, por isso, tornou público os números da criminalidade no Paraná. O objetivo dessa administração foi demonstrar trasparência e credibilidade à população paranaense. É notório que a situação da segurança pública no Estado ainda é grave, mas também é verdade que tem-se desenvolvido um trabalho sério e duro de combate à criminalidade pela atual gestão.
Ao tornar público os números da criminalidade no Paraná, iniciativa que nunca foi tomada pelo governo anterior, a Secretaria da Segurança Pública sabia que poderia ser contestada e receber críticas, mas jamais temeu o julgamento público, que é o mais justo e importante.

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