Uma comissão constituída pelo poder Executivo, com a possível participação de outros órgãos, vai visitar periodicamente os educandários do Estado. A determinação foi feita pelo governador Roberto Requião, durante reunião de ontem da Operação Mãos Limpas, para que se tenha um diagnóstico preciso sobre as condições de administração e de atendimento aos adolescentes em conflito com a lei. A participação nessa comissão foi aberta a outros órgãos, como o Ministério Público.
Requião pediu agilidade na construção de seis novos educandários no Paraná, dois na Região Metropolitana de Curitiba (RMC). As demais unidades serão construídas nos municípios de Cascavel, Ponta Grossa, Guarapuava e Maringá. O educandário São Francisco deverá ser desativado e, em seu lugar, instalada prisão para jovens com idade entre 18 e 24 anos. “Isso para que eles não sejam mandados para o sistema prisional comum, que abriga todo tipo de infrator”, comentou padre Roque Zimmermann, secretário do Trabalho, Emprego e Promoção Social. Os jovens, entretanto, só serão enviados para lá, quando todas as alternativas que serão disponibilizadas para sua recuperação estiverem esgotadas.
Penas
O procurador Olímpio de Sá Sotto Maior, do Ministério Público Estadual, sugeriu a adoção de penas alternativas, como liberdade assistida comunitária para atender o adolescente infrator.
Ontem, padre Roque começou a avaliação de áreas disponíveis para construção dos educandários na RMC. “As novas unidades terão capacidade para abrigar até 80 adolescentes cada uma e deverão estar prontas dentro de um ano”, disse. O novo projeto dos educandários inclui a assistência psicopedagógica para recuperação dos adolescentes.