Vinte e cinco presos recolhidos na ala D, da Delegacia de Furtos e Roubos se rebelaram às 13h30 de ontem. Eles atearam fogo nos colchões, roupas e objetos pessoais, para protestar contra medidas tomadas pelo delegado titular da especializada, Gerson Machado, que proibiu as visitas, além de rádios e televisores nas celas. “Tomei esta decisão após três rebeliões”, salientou Machado.
A cadeia com capacidade para 60 detentos, abrigava ontem 116. Transformou-se em um verdadeiro barril de pólvora -que pode explodir a qualquer momento – e provoca pavor dos moradores que residem nas proximidades. “Já enviei ofício ao juiz da Vara de Execuções Penais pedindo a remoção de pelo menos 50% dos presos. É preciso remover para abrir novas vagas e prender novos marginais, que estão nas ruas”, salientou o delegado.
Fogo
Devido ao incêndio provocado pelos detentos foi acionado o Corpo de Bombeiros. Para evitar que eles fugissem e o fogo se alastrasse, foi preciso fazer um buraco no telhado para apagar as chamas. “A ala ainda ficou sem energia e o teto só está coberto pelas grades, ficando os detentos à mercê do tempo”, informou o policial.