Rapaz fuzilado na casa de amigos

Alex Mendes de Freitas, 27 anos, foi executado às 16h45 de ontem, logo após chegar na casa de amigos, no final da Rua Debret, quase esquina com a Rua Balzac, bairro Tanguá, em Almirante Tamandaré. O crime foi bem planejado pelos assassinos, que utilizaram o próprio carro da vítima para a fuga e também não demonstraram o menor receio de cometer o assassinato em plena luz do dia. Segundo a polícia, Alex já contava com antecedentes criminais e era suspeito de participar de grandes assaltos ocorridos, recentemente, em Curitiba.

A vítima chegou na casa de amigos acompanhada da namorada e dirigindo um Fiat Tipo de cor escura. Parou o carro no grande quintal da residência e desceu. Logo em seguida, o terreno da casa foi invadido por um grupo armado, com aproximadamente cinco integrantes. Na seqüência, houve correria, gritos e tiros.

Alex foi alcançado pelos marginais e executado com pelo menos três tiros, que o acertaram no rosto e na nuca. Foram utilizadas armas de grosso calibre e pistolas. Uma carabina, calibre 44, foi abandonada ao lado da corpo e apreendida pela PM. Duas rotas de fuga foram utilizadas pelo grupo. Enquanto alguns saíram correndo e se embrenharam em um matagal ao lado da casa, outros integrantes utilizaram o carro da vítima para escapar. O Siate foi acionado mas, quando chegou, só pôde constatar o óbito.

Cerco

Poucos minutos após os disparos, três viaturas da Ronda Ostensiva de Natureza Especial (Rone) da PM chegaram ao local e, identificando a vítima, iniciaram buscas pela região atrás dos matadores. O Fiat Tipo de Alex foi localizado nas imediações, abandonado. Até o final da tarde ninguém havia sido preso.

A polícia já estava atrás da vítima e de seu grupo. Eles são acusados de participar de alguns grande roubos ocorridos ultimamente. A arma apreendida no local, inclusive, teria sido levada de um dos estabelecimentos roubados. A carabina foi apreendida e sua numeração seria conferida. Pelos primeiros levantamentos realizados pela PM, os suspeitos pela morte de Alex seriam integrantes dessa quadrilha e o motivo da execução é um possível desacerto na divisão de produtos roubados.

Conforme informação de Gilberto Meia, proprietário da casa, essa era à primeira vez que Alex tinha ido a residência dele. “O Alex já esteve preso antes. Acho que no 12.º DP (Santa Felicidade) e 3.º DP (Mercês). Estava livre há uns quatro meses e, depois da prisão, ele melhorou”, contou. Alex morava na Vista Alegre das Mercês. Além da Rone, participaram das buscas policiais militares do 17.º Batalhão e do serviço reservado (P-2).

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