Rapaz é morto com golpes de facão no Uberaba

Um homem brutalmente assassinado teve o corpo abandonado a 100 metros de um veículo roubado. O carro apresentava manchas de sangue. Mesmo assim, peritos do Instituto de Criminalística acreditam que as duas ocorrência não tem ligações entre si.

O corpo foi localizado às 6h45 de domingo no final da Rua Celso Luiz do Vale, no Uberaba, caído junto ao muro lateral de uma residência. A vítima foi atingida por golpes de facão na cabeça e tinha ferimentos no peito, em meio a pequenas tatuagens de estrelas e de um coração.

O morto, que aparentava ter entre 30 e 40 anos, não portava documentos, e vestia camiseta amarela, blusa de lã cinza, calça jeans e sapato marrom. “Ao que parece, o homicídio não foi neste local. Provavelmente a vítima foi morta por volta da 1h, devido à rigidez do corpo, e abandonada aqui”, explicou o perito Edimar Cunico.

Carro

Cem metros adiante o Fiat Uno ATA-8813 estava abandonado em um campo aberto. O proprietário, Mauro Messias, informou à Polícia Militar que foi assaltado às 7h30, por dois homens em uma motocicleta, depois de sair de um bailão na Avenida Senador Salgado Filho, próximo da Vila Ouro Verde.

“Eles usaram um capacete para bater no meu rosto e me mandaram sair do carro por volta das 4h. Fui para a casa de um primo pedir ajuda, e só depois consegui chamar a polícia”, contou Mauro, ainda embriagado e com ferimentos na boca. Uma prótese dentária do rapaz, que trabalha como pedreiro, foi arremessada para o banco traseiro do veículo.

Uma equipe da Delegacia de Homicídios identificou manchas de sangue no banco do motorista, no pára-sol e em alguns pertences de Mauro espalhados pelo carro, incluindo uma camisa bege que continha mais de R$400 no bolso. “Eu juntei R$600 para pagar a prestação do carro, mas gastei uma parte no bailão”, informou o dono do automóvel. A carteira da vítima foi revirada, mas nada foi levado do veículo.

O banco traseiro estava rebaixado, portanto, não foi descartada a possibilidade de o veículo ter sido roubado pelos assassinos para que fosse possível o transporte do corpo até o local, apesar de não terem sido encontradas marcas de sangue no porta-malas. Uma equipe do Instituto de Identificação esteve no local para recolher impressões digitais. Mauro foi encaminhado à Delegacia de Homicídios para prestar depoimento, e o carro foi entregue à Delegacia de Furtos e Roubos de Veículos.

Daniel Caron
Perto do corpo, um carro abandonado com manchas de sangue.