O adolescente de 17 anos, acusado de matar a estudante Kescilyn Naira Santos Mussi, 14 anos, no último dia 26, em Pinhais, se apresentou na delegacia, ontem, junto com sua mãe. Os investigadores estavam no encalço do jovem desde o dia do crime, e já haviam visitado nove endereços onde ele poderia estar.
De acordo com o superintendente Valdir Bicudo, "o adolescente parecia bem instruído por advogados" e negou ter matado a jovem por não aceitar que ela, e as moças do bairro, namorassem com rapazes de outras localidades. Ele insistiu no tiro acidental e afirmou que encontrou o revólver na rua, no dia anterior ao crime. Na sexta-feira, decidiu mostrar a arma à Kescilyn e, quando rodava a arma entre os dedos da mão, ocorreu o disparou acidental. Bicudo diz que as informações coletadas no dia seguinte ao crime contrastam com esta alegação.
O adolescente cumprirá medida socioeducativa, ficando internado por 45 dias em um centro de correção educacional. A Delegacia de Pinhais tenta encontrar a arma usada no crime.
Tiro
Kescilyn foi morta no dia 26 de maio, quando conversava com amigos em frente à sua casa. De acordo com depoimentos, o adolescente teria chegado pela primeira vez, mostrado o revólver e dito "hoje eu preciso matar um". Mais tarde, ele teria voltado e chamado Kescilyn no portão, onde ela foi atingida pelo tiro na cabeça.