A estreia de Curitiba na Copa do Mundo, nesta segunda-feira (16), também foi marcada com rajada de metralhadora na Vila Torres, Prado Velho, uma das entradas da cidade para quem vem do Aeroporto Afonso Pena. Quatro homens, com idades de 18 a 24 anos, foram baleados. Três morreram e um está hospitalizado.
Conforme apurado pela Polícia Civil, por volta das 20h30, um Punto branco entrou na Rua Manoel Martins de Abreu e parou perto de um grupo que estava na calçada. De dentro do veículo, quatro encapuzados desceram e começaram a atirar, deixando três vítimas. Um rapaz, de 24 anos, que estava em um carro estacionado próximo, foi sair do local e também foi atingido.
A população socorreu os feridos ao Hospital Cajuru e chamou a Polícia Militar. Quando os policiais chegaram à vila, não havia nem vítimas nem autores. De acordo com o tenente Diogo, do 20.º Batalhão da PM, pela rua foram recolhidas cápsulas de munição para pistola e metralhadora. A polícia fez rondas na região, mas não encontrou suspeitos do crime.
Das quatro vítimas, Eduardo Felipe Leite, 18 e Francisco Patrick da Silva Aureliano, 19, morreram ao dar entrada no hospital. Paulo Canuto dos Santos, 23 anos, está internado na UTI do Hospital Cajuru e um quarto baleado, que de acordo com o delegado Fábio Amaro não estava junto com os três, já foi liberado do hospital. O nome dele não foi divulgado.
Sobre o crime, a polícia conseguiu descobrir pouco. Até o momento, o que se sabe é que os três rapazes, os dois que morreram e o que continua internado, tinham passagens por tráfico de drogas. “Pouco se sabe até o momento sobre o que poderia ter acontecido. Para identificar os autores teremos mais dificuldade, uma vez que os suspeitos estavam encapuzados. Mas acreditamos desde o início de que o envolvimento dos três rapazes com o tráfico de drogas seja o motivo do crime”, explicou o delegado que trabalha com a hipótese de um acerto de contas.
Ninguém reconheceu o veículo de onde desembarcaram os atiradores e acredita-se que sejam de outra região. O delegado Fábio Amaro pede para que a população que tenha visto alguma coisa ou até mesmo anotado a placa do veículo utilizado entre em contato com o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), 0800-6431-121.
Histórico
Desde o fim do ano passado, gangues da Vila Torres têm deixado vítimas feridas e mortas. A Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa conseguiu prender suspeitos, mas não impediu que as ações dos bandidos que aterrorizam a região.