Quadrilheiros devem ser removidos de prisão

Apontado como líder da quadrilha que seqüestrou a família do gerente do Banco do Brasil para assaltar a agência do município de Quedas do Iguaçu, o cartorário Jair Fontanella e seu principal cúmplice, Emerson Batista dos Santos, deverão ser removidos para uma prisão de maior segurança. Há informações de que membros da gangue estão planejando resgatar os dois, que estão recolhidos na carceragem da delegacia local. Além do assalto cinematográfico, o grupo também é acusado de vários outros roubos na região, em Curitiba e em Santa Catarina.

Além dos seis envolvidos no caso, capturados no dia primeiro deste mês, outros três já estão identificados e poderão ser presos a qualquer momento. “Por enquanto estamos mantendo os nomes em sigilo, para não atrapalhar o trabalho de investigação”, afirmou o capitão Celso Luiz Borges, comandante da 2.ª Companhia da PM, que liderou as investigações juntamente com o delegado Douglas Possebom e representantes do Ministério Público.

O seqüestro

A ação dos criminosos aconteceu na noite de 30 de outubro do ano passado. Três homens armados invadiram a casa do gerente do banco e aguardaram a família chegar. Um a um, os moradores foram rendidos e passaram toda a noite sob a mira das armas. No dia seguinte, às 8h, o gerente foi obrigado a ir até a agência e apanhar todo o dinheiro do cofre, cerca de R$ 150 mil, e entregá-lo aos bandidos, para que sua família fosse liberada. Quando a entrega da quantia foi feita, a mulher e filhos do gerente foram libertados em Laranjeiras do Sul.

Durante três meses a polícia reuniu informações sobre os assaltantes, monitorando telefones e seguindo suspeitos. “A única certeza que tínhamos era que alguém da quadrilha conhecia os hábitos da família do gerente e portanto era próximo dela”, contou o oficial.

Prisões

O caso começou a ser esclarecido com a identificação de Emerson Batista dos Santos, que havia praticado vários assaltos a caixas eletrônicos em Curitiba, tinha contra si alguns mandados de prisão e também era procurado pela polícia catarinense – ele residia em Joinville. Posteriormente, foi descoberta sua ligação com Fontanella, que é proprietário do cartório de registro civis de Quedas do Iguaçu. No início do mês os dois indivíduos, bem como quatro mulheres, foram apanhados em suas casas.

Fontanella confessou sua participação no roubo e em seu cartório a polícia encontrou documentos falsos e outras irregularidades. O cartório está sob intervenção da Justiça. Conforme revelou o capitão Borges, o cartorário emitia certidões de nascimento falsas para os integrantes da quadrilha. Com esses documentos, os bandidos faziam novas carteiras de identidade e agiam com nomes falsos.

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