Quadrilha mata três e fere cinco no Cajuru

A noite de quarta-feira foi sangrenta no Jardim Acrópole, Cajuru. Oito pessoas foram obrigadas a ir até um espaço aberto na Rua Mar da Galiléia onde tornaram-se alvos de assassinos: seis delas foram baleadas e duas agredidas a coronhadas. Um homem e uma adolescente não resistiram à gravidade dos ferimentos e morreram ainda no local enquanto os demais feridos foram encaminhados a hospitais. Horas mais tarde, uma terceira vítima morreu no Hospital Cajuru. Vingança ou guerra por disputa de pontos de tráfico de drogas são as duas hipóteses levantadas pela polícia, que já tem pistas de quem participou do atentado.

Apesar de a “lei do silêncio” ainda vigorar na região e proteger os bandidos, um morador contou, em breve relato, como tudo aconteceu. Quatro homens chegaram perguntando quem teria arrombado uma casa e chamando pelo nome de Anderson, uma das vítimas fatais. Eles reuniram oito pessoas em um espaço aberto na rua, entre carros velhos, e as fuzilaram. Dois jovens escaparam dos tiros, mas foram agredidos a coronhadas.

Outro comentário surgido no local, foi que a violência foi patrocinada pela gangue do “Zé da Carroça”, na cobrança de uma dívida, provavelmente de tráfico de drogas. O apontado líder do grupo, José de Lima Pinto, o “Zé da Carroça” já foi acusado de outro homicídio e está preso, conforme informações da Delegacia de Homicídios. Ainda na tarde de ontem, policiais da DH saíram às ruas para realizar diligências em busca de suspeitos e obter novos dados.

Mortes

No chão de terra que margeia o Rio Atuba, ficaram mortos o mecânico Anderson Luiz Carvalho dos Anjos, 22 anos, que foi atingido no peito e na cabeça e Ketelin Vieira Lotoski, 14, baleada na cabeça. O porteiro Raul dos Santos Galvão, 20; Adriana Siqueira dos Santos, da mesma idade; Mariuza Alves dos Anjos Santos, 44, e Karin Regina Duarte Vieira, 38, foram baleados; Elair Pereira, 25 e Lenilton Alves dos Santos, 17, sofreram agressões. Todos foram socorridos pelo Siate e encaminhados a hospitais. Karin Regina, mãe da garota assassinada, morreu enquanto recebia atendimento médico no Hospital Cajuru, totalizando três vítimas fatais.

A ocorrência foi atendida por policiais militares do Regimento de Polícia Montada, RPMont. Eles encontraram entre as vítimas cápsulas de pistolas, calibres 380 e 765. “Os assassinos teriam chegado em um Santana Quantum marrom e em uma Marajó branca”, comentou o tenente Baran. Por volta das 20h, um Santana com aquelas características foi tomado em assalto no bairro São Lourenço, mas não se sabe se foi o mesmo veículo usado pelos assassinos.

Voltar ao topo