Quadrilha fuzila universitário

O estudante do segundo ano de Direito Adriano Braz Pereira Gomes, de 23 anos, foi cercado e morto quando saía de uma lanchonete da Rua João Falarz, em Campo Comprido, zona oeste de Curitiba, às 3h de ontem. Ele estava com amigos e recebeu quatro tiros, de um grupo de oito pessoas, que o abordaram e a seus amigos em dois carros. A Delegacia de Homicídios (DH) investiga o caso e já tem pistas sobre os assassinos.

Adriano havia ido visitar um amigo, no Campo Comprido, mas faltou cerveja no meio da noite e os dois resolveram reabastecer a geladeira. Foram até a lanchonete, onde segundo informações teriam se desentendido com um grupo de oito pessoas, entre elas duas mulheres. Conforme registrado na DH, Adriano estava com mais cinco amigos e a confusão se deu entre as duas turmas. Tudo parecia ter se acalmado, com a saída de Adriano e seus amigos.

Tiros

Haviam rodado cerca de três quilômetros, em uma perua Elba, quando foram cercados por um Fusca branco e um Uno escuro, segundo apurado pelos investigadores da DH. De dentro dos carros saíram os assassinos, que dispararam vários tiros contra Adriano, que foi ferido por balaços. Seus amigos o levaram para o terminal de Campo Comprido, em busca de socorro. O Siate foi chamado, mas o estudante não resistiu aos ferimentos. O grupo no qual estavam os assassinos mora na Vila Sandra, de acordo com testemunhas. A ocorrência também foi atendida por policiais militares do 12.º Batalhão.

O pai de Adriano estava inconsolado, quando liberava o corpo do filho, no IML. “Não é justo, ele tinha todo um futuro pela frente”, comentou, atribuindo à violência generalizada a causa da morte. “Agora, só quero justiça e que os culpados sejam punidos”, disse. Adriano deixa viúva e uma filha. Para sustentar a casa e seus estudos, no Centro Universitário Campos Andrade (Uniandrade), ele trabalhava como balconista em uma rede de farmácias.

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