Protesto pela morte de garoto no Barreirinha

Familiares e amigos do adolescente Diego Giovani Ribeiro Pinto, 15 anos, morto por policiais militares na noite da última quarta-feira, se reuniram ontem para protestar. Saíram pela ruas do bairro Barrerinha, em Curitiba, carregando faixas e gritando palavras de ordem, pedindo justiça. Sustentam a versão de que os policiais teriam matado o garoto sem nenhum motivo.

O protesto contou com a participação de cerca de 30 pessoas entre familiares e amigos. A irmã de Diego, Elaine Thaís Ribeiro, falou, entre lágrimas, que o irmão nunca fez nada de errado, não bebia nem lidava com drogas, sendo querido por todos no bairro. ?Ele estudava e tinha terminado a 8.ª série?, comentou. Ela quer que os policiais que mataram o irmão sejam punidos. ?Embora eu saiba que isto não vai trazer meu irmão de volta?, falou. Elaine afirma ainda que a polícia não chamou o Instituto Médico-Legal (IML). ?Arrastaram ele para o camburão, estava todo machucado?, disse.

Ana Cecília, também amiga da família, não se conforma com a morte. ?Polícia não é para sair por aí matando criança. A mãe dele não consegue dormir?, falou. Vera Lúcia, outra vizinha, diz que o menino quase não saía a noite, mas por azar naquele dia estava na rua. ?Queremos que a polícia pague, não é justo matar uma criança, um inocente?, reforça Ana Cecília.

Segundo a versão da polícia, uma equipe estava verificando uma denúncia de disparos por arma de fogo na região, eles foram abordar o grupo que estava próximo à linha do trem e foram recebidos a bala. Só então efetuaram os disparos. Mas a família e amigos negam a versão. ?O menino não sabia nem pegar numa arma?, falou Ana Cecília. Segundo a irmã, Diego levou um tiro na cabeça, enquanto estava de costas. ?Os policiais mandaram correr e atiraram sete vezes. Um pegou meu irmão?, afirma. 

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