Proprietário de distribuidora assassinado com 4 tiros

O proprietário da Distribuidora de Gás Riacho Doce, situada na Rua Almerinda de Oliveira Alves, no bairro Riacho Doce, em São José dos Pinhais, foi assassinado com quatro tiros, às 18h45 de ontem, quando estava atrás do balcão do estabelecimento. Mauricio da Silva, 26, casado, pai de três filhos, ele havia assumido a distribuidora há pouco mais de um mês. O antigo dono – Fernandes da Cruz, 38 anos – também foi assassinado por dois homens, no dia 19 de maio deste ano, no mesmo bairro. Fernandes era testemunha do Ministério Público em uma denúncia envolvendo 26 pessoas, entre elas policiais civis e militares. A polícia suspeita que a morte dos dois comerciantes possa ter algum tipo de relação. Outra hipótese é que o crime teria ligação com o tráfico de drogas, já que Maurício teria passagem pela polícia por este delito.

Tiros

Atrás do balcão, enquanto aguardava pedidos de entregas de gás, água e carvão, Maurício conversava com um conhecido. De repente, dois homens armados e usando toucas de lã na cabeça, mas mostrando o rosto, entraram e ordenaram que o comerciante e seu colega abaixassem a cabeça. Um dos criminosos deu um tiro, acertando Maurício. Em seguida, ordenou que o colega do comerciante corresse sem olhar para trás. Ele obedeceu a ordem e quando chegou no portão, ouviu, mais três disparos. A testemunha correu para o telefone público e acionou a Polícia Militar. Maurício caiu atrás do balcão com três tiros na cabeça e um no peito.

O cabo Araújo, do 17.º Batalhão da PM, que atendeu a ocorrência junto com o soldado Emmanuel, apurou que Maurício já tinha passagem por tráfico de drogas, o que poderia ter motivado o crime. “O pessoal comenta que o motivo foi droga. A princípio, uma execução por acerto de contas”, salientou Araújo. Instantes depois, o cabo lembrou que, às 19h45 do dia 19 de maio, ele mesmo tinha atendido o local do crime que vitimou o antigo dono da distribuidora. “O comércio está girando entre a própria família. Acho que não está trazendo muita sorte”, comentou o policial.

Autores

No dia 30 de maio deste ano, foram presos em Colombo, Marcelo da Silva Polli e Cristiano Silva, sob a acusação de participar do homicídio de Fernandes da Cruz, ocorrido nove dias antes, em São José dos Pinhais. Marcelo foi apontado como o autor dos disparos que mataram a vítima e foi denunciado porque usou o telefone da namorada para ligar para a distribuidora e fazer uma “falsa encomenda” de um botijão de gás para a Rua Paulo Adams Filho, no Riacho Doce. Treze dias depois do crime, Marcelo figurava entre um dos 26 fugitivos da cadeia de São José dos Pinhais.

Hoje a testemunha do crime deve comparecer na delegacia de São José dos Pinhais para prestar maiores detalhes e confirmar, ou não, a participação de Marcelo da Silva Polli também neste assassinato. Ele já é procurado pela polícia pelo homicídio de Fernandes.

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