Proprietária de asilo clandestino desaparece

A polícia continua à espera da proprietária da pensão clandestina, usada como abrigo para idosos, que foi interditada na tarde de segunda-feira pela Vigilância Sanitária. A mulher, identificada até agora como Mári Guschtain, não apareceu no local – Avenida Iguaçu, números 764 e 758 – durante a blitz conjunta realizada pela Polícia Civil, Justiça, Ministério Público e órgãos da Prefeitura. Ela está intimada a comparecer na delegacia do 2.º DP (Rebouças), órgão responsável pelo inquérito que apura as responsabilidades sobre as condições subumanas em que viviam os hóspedes da pensão. Ela pode ser enquadrada no artigo 132 do Código Penal – expor a vida de outrem a risco.

O filho dela, que é policial militar e foi detido durante a blitz, foi ouvido na delegacia, assinou um Termo Circunstanciado por desobediência à autoridade policial e foi liberado no mesmo dia. Cláudio Augusto Guschtain Justiniano, 28 anos, lotado no 17.º BPM (São José dos Pinhais), agrediu um dos investigadores da polícia civil com uma ripa quando os agentes da blitz chegaram na pensão, às 15h30. Ele teve que ser algemado. Para a polícia, não declarou nada que ajudasse a esclarecer a situação do asilo clandestino nem a localizar a proprietária. Para a reportagem da Tribuna, o PM disse que não sabia de nada porque tinha acabado de voltar de férias da Bolívia.

Ontem, agentes da Fundação de Ação Social da Prefeitura retiraram da pensão os idosos que não tinham para onde ir. Eles foram levados para abrigos municipais, onde receberão assistência. Fiscais da Vigilância Sanitária haviam concedido prazo de oito dias – a contar da última segunda-feira – para que os moradores se retirassem da pensão, que será interditada.

Voltar ao topo