Promotora afirma que Nazzari foi inocentado

A promotora de Justiça da Comarca de Rio Branco do Sul, Cynthia Maria de Almeida Pierri, desmentiu ontem, em entrevista coletiva à imprensa no Palácio da Justiça, em Curitiba, informações divulgadas pelo advogado Elias Mattar Assad, que cuida do caso do ex-prefeito de Rio Branco do Sul João Dirceu Nazzari. As informações foram publicadas em O Estado, na última quarta-feira.

Segundo a promotora, Nazzari não foi inocentado judicialmente da acusação de participar de uma quadrilha de desmanche de carros que seria liderada por Joarez França Costa, o “Caboclinho”, e por Paulo Mandelli. Os três respondiam a inquérito policial instaurado em junho de 2001. “O inquérito policial foi arquivado por falta de provas, mas isso não quer dizer que Nazzari tenha sido inocentado ou absolvido, pois não houve ação penal”, argumentou a promotora. “O crime ocorreu, mas não é possível dizer quem realmente enterrou os motores e peças de automóveis porque nenhuma das testemunhas revelou nomes. Entretanto, os indícios de conduta delituosa caíram sobre Nazzari, Mandelli e Joarez.”

Cynthia conta que, conforme o artigo 28 do Código Penal, o inquérito pode vir a ser reaberto a qualquer momento. É necessário apenas que surjam novas provas no caso. “Hoje existem indícios, mas não provas para sustentar denúncia”, explica. “Esse é o motivo do arquivamento. Quero deixar claro que o Ministério Público não está abafando o caso, nem protegendo, inocentando ou absolvendo ninguém.”

O terreno onde foi encontrado o cemitério de automóveis é alvo de uma disputa judicial entre Nazzari e o também ex-prefeito de Rio Branco do Sul Bento Chimmelli, que são concorrentes no ramo de venda de calcário. De acordo com a promotora, Nazzari está com a posse do terreno, conhecido pela população de Rio Branco como “pedreira do Bento” e “bota-fora da Brascal” (empresa da qual Nazzari é um dos sócios). Atualmente, a área, que fica ao lado da Brascal, é conhecida como “cemitério de motores”.

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