Professora suspeita de abuso sexual é inocentada

Após receber o laudo do Instituto Médico-Legal, confirmando que a menina, de 3 anos, aluna de um Centro Municipal de Ensino Infantil (Cmei), em Almirante Tamandaré, não foi vítima de violência sexual, conforme a mãe da criança havia afirmado na semana passada, uma reunião foi organizada com os pais e funcionários da escola na manhã de ontem.

O prefeito Vilson Goinski, acompanhado do secretário municipal da Educação, Romildo Brito, a diretora da escola e a professora acusada do abuso disseram que, apesar de entender o drama vivido pela mãe – assustada com as lesões da filha -, não concordam com a maneira como ela conduziu as denúncias, principalmente porque veio a público antes de aguardar o resultado dos exames.

Retomada

“A mãe agiu com o coração, pois viu a filha machucada e procurou ajuda, mas foi acolhida pela pessoa errada: uma ex-professora que foi demitida há mais de um ano a pedido da direção da escola”, comentou o prefeito.

Ele disse também que a educadora Lucilene Geffer, 25, que sofreu as acusações, havia sido afastada preventivamente e agora deve retomar as atividades. De acordo com Lucilene, o apoio da família foi fundamental para aguentar a pressão.

“Tinha a consciência que não havia feito nada, mas precisava que esse laudo saísse para poder voltar ao trabalho”, comentou a educadora. Algumas professoras adiantaram que vão entrar com processo judicial contra a mãe por calúnia e difamação. “É tão difícil construir uma carreira, mas basta uma situação como essa para destruir tudo o que foi feito durante toda a vida”, comentou uma funcionária.

Mãe

A mãe da criança afirmou que vai continuar procurando por justiça, pois acredita na filha, que dá detalhes de como a agressão aconteceu. “Já tive problemas com algumas pessoas nessa escola, e acho que é por isso que estão fazendo isso comigo. Se fosse preciso faria tudo de novo”, desabafou.

Na delegacia o superintendente Job de Freitas disse que o laudo confirmou que não houve penetração, mas a menina apresentava lesões. A investigação continua para descobrir como a criança se machucou.