Uma professora da rede municipal de ensino foi assassinada, às 3h15 de ontem, na Avenida das Torres, Uberaba. Zélia Maestri, 38 anos, levou um tiro no peito e caiu sem vida no asfalto, ao lado do Fusca do qual era passageira. O músico Messias Martins de Souza, dono do carro e testemunha do crime, disse que assaltantes mataram a mulher, mas o caso a princípio suscitou dúvidas por parte da Delegacia de Homicídios.

De acordo com a polícia, Zélia e Messias mantinham relacionamento amoroso há três anos. Em seu relato, o músico disse que transitava com a professora em seu Fusca vermelho, placa AEC-7270, pela Avenida das Torres, sentido bairro-centro. Quando pararam o carro, dois homens armados chegaram em uma moto e os abordaram. “Passe o dinheiro”, teria dito um dos desconhecidos, antes de desferir um soco no rosto do músico.

Ao ver a agressão, Zélia teria descido do carro. Neste instante um bandido fez um disparo e atingiu a professora, que morreu no local. Os motoqueiros fugiram e roubaram o telefone celular de Messias.

Reinterrogado

O delegado Marco Antônio Góes, da Homicídios, disse que Messias será novamente interrogado para esclarecer alguns pontos do crime. O músico afirmou que estava em trânsito, mas uma testemunha ligou para a Polícia Militar cinco minutos antes do assassinato e delatou que um casal brigava dentro de um Fusca vermelho, parado naquele mesmo trecho da Avenida das Torres. “Soubemos que o casal tinha histórico de brigas”, acrescentou o delegado.

Góes, entretanto, disse não haver dúvidas de que foi um dos motoqueiros o assassino da professora. “Uma testemunha confirmou esta versão”, falou o delegado, que considera viável a possibilidade de assalto, pelo horário e pelo local do fato. “Mas o caso ainda será melhor apurado”, arrematou.

O delegado Stélio Machado, titular da DH, informou no início da noite de ontem que a princípio houve algumas dúvidas em relação ao assalto. “Pessoalmente conversei com o músico às 6h da manhã para sanar qualquer dúvida. Estou convencido que foi uma tentativa de roubo. A professora ficou muito nervosa e tentou fugir, o que fez um dos marginais atirar contra ela”, argumentou Stélio. Ele disse que irá repassar o boletim de ocorrência e alguns depoimentos, realizados por policiais da Homicídios, à Delegacia de Furtos e Roubos, que deverá dar prosseguimento às investigações.

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