Há quase quatro anos, Neusa Regina Weber Pignataro, desapareceu de sua casa, em Foz do Iguaçu, após sair com o namorado na tarde de 13 de dezembro de 1998. Depois dessa data, a família não recebeu mais notícias dela. A única informação foi repassada pelo rapaz que disse que Neusa teria ido embora para outra cidade e ele mesmo a teria levado para a rodoviária. Na época, a moça tinha 23 anos.

Essa versão não foi aceita pelos pais da jovem, que vêm buscando obter informações sobre o paradeiro dela. Segundo o pai, Milton Pignataro – que esteve na redação da Tribuna – ela não tinha motivos para fugir e todas as evidências levantadas pela família convergem para que a jovem tenha sido vítima de algum crime. “Quando desapareceu, Neusa tinha trabalho, estava doente e, além de tudo, tinha um filho pequeno para cuidar”, comentou Milton.

O pai acredita que as investigações não estão tendo prosseguimento porque nenhum corpo foi encontrado. “Sem corpo não há crime, não é isso que dizem?”, desabafou.

Investigação

O desaparecimento da moça foi registrado no 1.º Distrito de Foz do Iguaçu e o inquérito está correndo no Fórum da cidade sob o registro 851/99. “Todo o mês eu vou buscar notícias, mas nada obtenho. Gostaria que fosse designado um pessoal sério para fazer as investigações, pois o caso está parado”, disse.

As críticas pela falta de empenho apresentada pela polícia neste caso não param por aí. Segundo Milton, nem mesmo o então namorado de Neusa e última pessoa a estar com ela foi devidamente ouvido pelas autoridades competentes. “Esse rapaz, o Fernando, era um empresário aqui da cidade (Foz do Iguaçu) e dizia ser separado, mas não era. Pouco tempo depois do desaparecimento de minha filha, ele e a esposa largaram tudo e foram morar no Rio Grande do Sul”, contou Milton, que disse achar no mínimo estranha essa mudança repentina.

Crime

A família dentro de suas possibilidades também está fazendo algumas investigações. Milton explicou que desde o desaparecimento de Neusa em 1998, ela não votou e nem justificou a ausência nos pleitos eleitorais. “Pesquisei no TRE e não há registro de ela ter votado ou justificado. Se ela tivesse apenas ido embora da cidade, algum desses registros existiriam”, disse o pai. Milton realmente acredita que tenha ocorrido um crime encomendado e que ela possa estar morta. “Por ser um local de fronteira, há muita facilidade de ter ocorrido algo e ela ter ‘sumido’ no Paraguai”, comentou.

Ele alertou que há outras pistas no diário da vítima que podem das base às investigações sobre o seu paradeiro, mas que isso não foi levado em conta pelas autoridades. “O diário da Neusa está com a polícia, mas com certeza eles nem chegaram a conferir”, disse. Qualquer informação sobre a jovem pode ser encaminhada aos pais dela através do telefone (45) 525-0920.

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