Prisão preventiva a policial acusado de tortura

O investigador da Polícia Civil Paulo Roberto Serafim, conhecido pelo apelido de “Paulo Paulada”, teve a prisão preventiva decretada ontem, pelo juiz da 7.ª Vara Criminal. Ele e outros três policiais haviam sido denunciados pela Promotoria de Investigação Criminal (PIC), pela prática de tortura e prisão ilegal.

O advogado Leontamar Valverde, defensor dos policiais, disse ontem que “Paulo Paulada” irá se apresentar aos seus superiores, tão logo tome conhecimento oficial do mandado de prisão. “Ele já foi denunciado anteriormente, na CPI do Narcotráfico, e se apresentou assim que teve seu nome citado. Agora não será diferente”, assegurou Valverde.

Denúncia

“Paulo Paulada” foi acusado, juntamente com o delegado Hormínio de Paula Lima Neto e os investigadores Walmir do Carmo Silva e Emir da Silveira, de ter prendido e torturado um mecânico residente em Pinhais, para que ele confessasse fazer parte de uma quadrilha de roubo e desvio de cargas. Como nada foi comprovado contra o mecânico, que também não tinha antecedentes criminais, ele foi solto e ameaçado de nova prisão e espancamento caso contasse a alguém o que tinha acontecido.

Os promotores que atenderam a vítima acharam por bem pedir a prisão de todos os citados, porém o juiz que analisou o caso decretou apenas a de “Paulo Paulada”, por não ter encontrado subsídios suficientes contra os outros policiais. Mesmo assim eles deverão continuar afastados de suas funções e responder a sindicância interna.

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