Adauto fez a prisão.

Um investigador da Corregedoria da Polícia Civil foi preso em flagrante na madrugada de quarta-feira pelo seu próprio chefe, o delegado-corregedor Adauto Abreu de Oliveira. Reinivaldo Mariano Perez é acusado de facilitar a fuga do delegado Armando Marques Garcia e está detido no Cope (Centro de Operações Policiais Especiais).

Ex-titular da Delegacia de Estelionato e Desvio de Cargas, Armando Garcia está preso há mais de três meses, acusado de concussão no inquérito que investiga uma quadrilha de ladrões de cargas cujo depósito de peças era em Rio Negro. Na terça-feira, o delegado deixou a Custódia Especial da Polícia Civil, ao lado do Centro de Triagem (na Travessa da Lapa) e foi levado até Rio Negro para uma audiência. O investigador Perez foi destacado para acompanhá-lo durante o trajeto.

No início da madrugada de quarta, o corregedor recebeu a notícia de que o delegado Armando não retornou à casa de custódia. Interrogado, Perez admitiu ter liberado o detido para que voltasse para casa. Armando alegou que passava mal e precisava de insulina, pois é diabético. O investigador foi orientado a buscar o delegado e, ao retornar, recebeu voz de prisão.

O futuro delegado-geral da Polícia Civil caracterizou a ação de seu subordinado como “ingenuidade”. “Perez é um investigador correto e idôneo, mas deixou-se levar pela amizade indevida com um preso, seja ele quem for”, afirmou. Além da facilitação da fuga, Perez foi autuado por porte ilegal de arma, segundo Adauto, estava com uma pistola calibre ponto 40 sem registro.

Perez, Armando e outros quatro policiais que estavam detidos na Casa de Custódia foram transferidos para uma ala em reforma na Delegacia de Furtos e Roubos de Veículos e em seguida recolhidos no Cope.

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