| Adair, Nilton e Tiago foram apanhados com parte dos cheques roubados. |
Uma demorada ação da Polícia Militar culminou com a prisão de nove acusados de participar, direta ou indiretamente, do assalto ao malote contendo R$ 230 mil do Posto Costa Brava, na localidade de Palmitalzinho, Quatro Barras. Com os suspeitos foram encontrados os cheques e documentos roubados da vítima, que reconheceu um adolescente como autor do assalto.
Às 10h de segunda-feira, o Gol verde ACZ-2797 bateu na traseira do Fusca dirigido por um funcionário do posto, que acabara de sair para levar o malote ao banco. Assim que a vítima desceu, foi rendida por duas pessoas e obrigada a entrar no Gol. O funcionário rodou por meia hora no carro dos bandidos e foi abandonado, sem o malote, no Contorno Leste, em São José dos Pinhais.
Enquanto a vítima era seqüestrada, outro empregado do posto passava pela BR-116 e viu o Fusca desocupado, aberto e com o limpador de pára-brisa funcionando. A Polícia Militar foi acionada e começou a procurar os assaltantes.
O cruzamento de informações levou a PM a uma casa na Vila Macedo, Piraquara, ontem de madrugada. Ali foram encontrados o malote, R$ 169 mil em cheques e o Gol verde, usado no assalto, furtado em 21 de outubro na Avenida Visconde de Guarapuava, Água Verde. Os ocupantes da residência foram detidos – Célia da Silva Guchinheski, 37 anos e seu filho Tiago da Silva Guchinheski, 18, moradores do local; Adair dos Santos, 21; Nilton Carlos de Souza, 22, e três adolescentes.
A partir das informações dos detidos, a PM localizou em Colombo o menor – 17 anos – que teria efetuado o assalto. Ele tinha sido detido há poucos dias pela delegacia de Piraquara, mas por ordem da Vara da Infância e da Juventude havia sido transferido para o Serviço de Assistência Social, de onde fugiu. A namorada dele, Cátia Fernando Candido Veloso, 20, também foi parar no xadrez.
O superintendente da delegacia de Piraquara, Valdir Bicudo, disse que os detidos são suspeitos de cometer outros assaltos. Outro ladrão foi identificado apenas como “Tati” e está sendo procurado. “Todos os maiores foram autuados em flagrante e os menores assinaram ato infracional por assalto e formação de quadrilha”, explicou Bicudo. Segundo o policial, há confissão de que o grupo estava agindo há 20 dias e teria cometido outros dois roubos.