Os últimos dois integrantes da quadrilha acusada de matar a empresária Sônia Modesto, 32 anos, em 20 de janeiro deste ano, e que ainda estavam soltos, foram presos na tarde de ontem pela Delegacia de Homicídios (DH). Por força de mandados de prisão, Mahara Valência de Oliveira Franco, 28, foi detida em Curitiba na casa de sua mãe, no Orleans, e o paulista Marcos Pereira Bezerra, 29, preso em Ourinhos (SP), com a ajuda do Departamento de Investigações Gerais (DIG) local. Marcos é acusado de ser o mentor do crime.
Durante seu depoimento à polícia, Marcos esclareceu que o caso tratava-se de um roubo de carro, e nada era direcionado a Sônia, assassinada com um tiro na cabeça. A explicação de Marcos para o latrocínio (roubo com morte) é que a todo momento Sônia estava consciente do que acontecia e observou a placa do carro que a abordou e o rosto dos integrantes da quadrilha. Por esses motivos, os bandidos atiraram em Sônia e na empregada Tatiana Gusso, 29, que acompanhava a empresária no momento do assalto. Porém, Tatiana sobreviveu ao tiro de raspão em sua cabeça, e foi a partir de seus depoimentos que a polícia prendeu a quadrilha.
Autopeças
Marcos ainda disse que vinha a Curitiba para montar dois comércios ilegais de auto-peças. Um deles, funcionaria da seguinte forma: carros roubados em São Paulo seriam desmanchados em Curitiba e as peças também vendidas por aqui. De forma semelhante, ocorreria com carros roubados em Curitiba, que seriam desmontados e vendidos em São Paulo. Marcos diz que chegou à capital paranaense em 19 de janeiro, noite anterior ao crime, quando Mahara e Adenir Alves de Lima, o "Bruno", 32, foram buscá-lo na rodoferroviária. Após um noitada em bares, para que Marcos conhecesse a cidade, resolveram então procurar pelo carro que foi encomendado a ele para ser roubado. No meio do caminho, encontraram Sônia e Tatiana, a bordo do Astra do irmão da empresária. Em seu trajeto para casa, no Capão da Imbúia, Sônia foi abordada pelos bandidos e seqüestrada.