Sete presos fugiram da cadeia de Jandaia do Sul, na noite de segunda-feira, após cavar um túnel de quatro metros em uma das celas. Eles saíram pelo quintal do terreno vizinho à delegacia.
Entre os presos fugitivos estão provisórios e condenados, principalmente acusados de tráfico de drogas. Até o início da noite de ontem nenhum deles havia sido recapturado.
Essa foi a segunda fuga deste ano na delegacia (a primeira ocorreu em fevereiro, quando outros sete presos fugiram), reflexo da situação de superlotação carcerária.
A delegacia possui quase 60 presos e tem capacidade para apenas 16 pessoas. “O sistema está em situação caótica e estamos insatisfeitos com a fragilidade das cadeias”, conta o superintendente da delegacia, Laércio Rodrigues.
Efetivo
Há poucos policiais para cuidar da carceragem. “Essa situação nos tem colocado em conflito direto com os presos. Já tive que entrar com carabina para impedir preso de serrar a grade”, desabafa o superintendente.
Por conta da grande quantidade de presos, as revistas dentro da cadeia ficam mais difíceis. O ambiente é considerado insalubre tanto para o policial como para o preso, além da pouca segurança que o local oferece, inclusive para o entorno, que é uma área residencial.
Outra reclamação é sobre a falta de recursos para a alimentação dos presos, de responsabilidade da Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp) e que não chega desde março. Procurada pela reportagem, a Sesp não respondeu o questionamento sobre a falta do repasse.