Presos depois de dois roubos

Com uma pistola de brinquedo, quatro indivíduos levaram pânico aos funcionários de uma mercearia e de uma panificadora no bairro do Abranches. Os dois estabelecimentos foram assaltados em seqüência, mas os acusados dos crimes acabaram detidos após um cerco da Polícia Militar.

Primeiro, três rapazes pediram pães na panificadora que fica na Rua Guilherme de Souza Valente, Abranches, às 10h de ontem. Foram ao caixa para simular o pagamento e assim que a filha da proprietária abriu o caixa, um dos assaltantes puxou a arma. Logo um comparsa meteu a mão no dinheiro, entre R$ 15 e 20. “Cinco minutos antes, tiramos as notas maiores do caixa”, contou a vítima.

Logo em seguida, foi a vez da mercearia da Rua Prosdócimo Lago receber a visita de ladrões. Também mostrando a arma, levaram pouco mais de R$ 10 em dinheiro, um litro de uísque, cigarros, chocolate e, curiosamente, um cacho de bananas. Segundo a proprietária, eram quatro os assaltantes. Eles fugiram no Gol dourado, placa BWP-9170.

O Regimento de Polícia Montada havia sido avisado logo depois do primeiro roubo e montou um cerco nas prováveis rotas de fuga do grupo. Um delas era a Avenida Anita Garibaldi, Barreirinha, onde os policiais localizaram o Gol e deram voz de prisão aos quatro ocupantes. Em poder deles estavam os produtos dos assaltos e, sob o banco, a imitação de pistola calibre 45.

Desespero

Os detidos forneceram os nomes de Leandro Salvador, 20 anos, Thiago Patrício, 18, William de Oliveira, 18, além de um menor, de 17. Mas a Polícia Militar não encontrou cadastro com esses nomes e a identidade dos acusados será melhor investigada. Moradores da Cachoeira, em Almirante Tamandaré, todos admitiram participação no roubo e afirmaram não possuir antecedentes criminais. “Foi um ato de desespero. A situação lá em casa está crítica”, justificou o rapaz que se identificou como William.

O suposto Leandro disse que é o dono do Gol usado pelo quarteto, mas não mostrou os documentos do veículo. “Vamos apurar se é um carro furtado, ainda sem queixa oficial”, disse o sargento Alcântara, que participou da operação.

Ao contrário da vítima da panificadora, que entrou em estado de choque após o roubo, a dona da mercearia demonstrava tranqüilidade. “Foi meu nono assalto em quatro anos. Já tive outros piores, com agressão e tudo”, contou.

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