Dois suspeitos de terem executado o auxiliar de produção Cleverson Barros Garcia, 19 anos, foram presos antes de o crime ser descoberto. Até a sexta-feira passada, quando o corpo foi encontrado, acreditava-se que o rapaz estivesse refém de seqüestradores. O motorista Carlos Ferreira, 23 anos, e o promotor de vendas Adão Daniel Floriano Camargo, 21, foram presos no dia 7 de agosto, sob a acusação de tentar tomar em assalto o carro de uma mulher, que se defendeu mordendo o braço de um dos assaltantes.
O delegado Paulo Silveira, titular da delegacia de São José dos Pinhais, informou que o seqüestro e execução de Cleverson foram motivados pelo roubo de um Chevette, no dia 3 deste mês. De acordo com chefe de investigação Altair Ferreira três dias depois de matarem o auxiliar de produção, Carlos e Adão foram presos pela tentativa de assalto, em companhia de um terceiro indivíduo. ?Estamos apurando quem seria o outro homem envolvido no seqüestro e se há outras pessoas que participaram da execução?, contou Altair.
Ele acredita que o revólver, calibre 38, apreendido quando o trio foi preso pelo assalto seja o mesmo usado para executar Cleverson.
Seqüestro
Silveira contou que as investigações começaram após o registro da ocorrência do seqüestro de Cleverson.
De acordo com a família, o jovem estava em frente à casa de sua sogra, na Rua Paulina Pallu, Jardim Independência, quando três homens se aproximaram e o levaram até a esquina da rua, onde ele foi obrigado a entrar em um veículo Golf. ?Após 21 dias de investigação, denúncias anônimas indicaram onde estaria o cadáver?, disse.
Os investigadores Carvalho, Ediel e Thelo foram até o local indicado e, por volta das 11h30 de sexta-feira, localizaram a ossada. Cleverson foi reconhecido pelas roupas que usava quando foi seqüestrado – calça de moletom preta, camiseta da mesma cor e tênis branco. ?Como já estávamos trabalhando no caso, as investigações estavam adiantadas?, afirmou Silveira.
Chevette
O delegado contou que os policiais apuraram que Carlos teve um Chevette roubado e passou a investigar o crime por conta própria, junto com Adão. ?Os dois chegaram à conclusão de que quem havia roubado o automóvel teria sido um parente de Cleverson. Só que acabaram seqüestrando a pessoa errada?, disse o delegado. Carlos e Adão estão presos em flagrante no xadrez do 7.º Distrito Policial (Vila Hauer), pela tentativa de roubo, mas já tiveram suas prisões solicitadas à Justiça pela execução. ?Aguardamos a decisão judicial?, concluiu o delegado.