Um grupo acusado de abastecer de crack a região das boates da Rua Cruz Machado, centro, conhecida como a “boca do lixo”, foi preso em flagrante ontem de madrugada. Investigadores do 2.º Distrito Policial interceptaram um carro ocupado por duas mulheres e um homem e apreenderam 33 pedras já embaladas da droga.
E equipe, composta pelo superintendente André Cantarella e investigadores André Suzarte e Geraldo Rosso, observou o Ford Fiesta branco AGV-7037, parado na Rua Brigadeiro Franco, Parolin, às 2h de ontem. De dentro do carro desceu uma jovem, que entrou na favela. Ela voltou e partiu com o Fiesta, abordado pelos policiais algumas quadras adiante. A localização das pedras resultou em prisão para Daiane Aparecida da Luz, 19 anos; Terezinha de Souza Santos, 35, e Gilson Geovan da Luz, 32.
Segundo Suzarte, a droga estava em poder de Daiane, a mesma jovem que se embrenhou na favela. “Os três levariam o crack para a Cruz Machado. Cada pedra custou R$ 3,00 e seria revendida por R$ 10,00”, disse o investigador. Terezinha e Gílson alegaram que apenas deram carona para Daiane, mas ela rebateu esta explicação. “Sabiam o que eu iria fazer na favela”, disse, afirmando que é dependente do crack, assim como os outros detidos.
De acordo com a polícia, Gílson é foragido da Justiça, embora ele afirme estar ainda respondendo a inquérito pelo furto de duas peças de picanha em um supermercado. Ele e as duas mulheres, que não tinham passagem pela polícia, foram autuados por tráfico de drogas.