Preso suspeito de envolvimento em chacina

Vários assassinatos e tentativas de morte teriam a participação de Miguel Teodoro Veiga, 30 anos, preso no último fim de semana pela Delegacia de Homicídios. Entre os cinco inquéritos nos quais figura como indiciado está o da chacina cometida em 2 de julho, na Rua Mar da Galiléia, Jardim Acrópole, Cajuru.

A DH chegou até Miguel através do depoimento de sobreviventes da chacina. Na ocasião, o mecânico Anderson Luiz Carvalho dos Anjos, 21 anos; Karen Regina Duarte Vieira, 38, e a filha dela, Ketllyn Vieira Lotosk, 14, foram mortos a tiros, e outras três pessoas foram baleadas. A investigação concluiu que os autores do triplo assassinato foram Miguel, seu irmão Ângelo Pedroso, 25, que está foragido, e parentes deles identificados apenas como Alceu e Samuel.

“Boi”

De acordo com a DH, as autores chegaram à casa de Anderson perguntando sobre o assassinato de um traficante conhecido como “Boi”. Acusado de ter cometido o crime, Anderson foi morto a tiros. Os outros presentes na moradia, que nada teriam a ver com o caso, foram levados para fora e baleados. Karen morreu no local, Kettlyn, no hospital, e as outras vítimas foram internadas em estado grave.

Miguel foi preso ao se apresentar na DH, segundo ele para esclarecer sua inocência. Como tinha mandado de prisão expedido pela Justiça, não voltou para casa. Em poucas palavras, disse que não teve qualquer relação com o triplo homicídio no Cajuru. “É gente que tem raiva de mim e quer me prejudicar”, falou, sobre as acusações. A respeito dos crimes anteriores, disse que “não estava ali para falar do passado”.

O delegado Stélio Machado, titular da Homicídios, diz que Miguel e Ângelo são membros de uma quadrilha organizada pelo padrasto deles, José de Lima Pinto, o “Zé da Carroça”, apontado como responsável por várias mortes e cumprindo pena por homicídio na Penitenciária Central do Estado, em Piraquara. “É um grupo que agia de forma cruel, matando desafetos, envolvendo-se com roubo e, possivelmente tráfico de drogas”, disse Machado.

Ângelo está foragido e responde a dois inquéritos por roubo e seis por homicídios, ocorridos entre 1995 e 2002. Miguel tem cinco processos por homicídio, dois deles instaurados pelo 6.º Distrito (Cajuru). A chacina também teria relação com o tráfico, suspeita a polícia.

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