Preso receptador de jóias

O joalheiro Sandro Moraes da Silva, 30 anos, foi preso na tarde de quarta-feira, por policiais do Centro de Operações Policiais Especiais (Cope). Com ele foram apreendidas jóias e relógios que teriam sido roubados da Joalheria Reuter, em São José dos Pinhais, no último dia 25 de setembro. Alguns relógios foram reconhecidos pelo proprietário da joalheria. O restante, a polícia está apurando a procedência.

O delegado Marcus Vinícius Michelotto, titular do Cope, informou que os assaltantes da joalheria já haviam sido presos, mas as jóias não tinham sido recuperadas. “Precisávamos apresentar a materialidade”, ressaltou o policial.

Partindo da dedução de que as jóias ainda estariam em Curitiba, os policias passaram a investigar as joalherias e ourives da capital, que poderiam estar interceptando mercadorias roubadas.

Buscas

Policiais do Cope vistoriaram quatro revendas de jóias, entre elas a loja Las Vegas, na Avenida Marechal Floriano Peixoto, no Boqueirão, e a loja Veras, na Rua Tobias de Macedo, no centro da cidade, ambas de propriedade de Sandro. Nos locais foram apreendidos várias jóias e relógios. “Encontramos relógios roubados da joalheria de São José dos Pinhais”, salientou Michelotto. As duas lojas de Sandro não possuíam alvará para funcionamento e foram lacradas.

O delegado informou que um ex-funcionário da Caixa Econômica Federal, que trabalha com revenda de jóias e relógios, foi indiciado em inquérito policial. O acusado, de 27 anos, tem escritório na Rua Cândido de Leão, no centro da cidade. “Ele também comprou mercadorias roubadas, mas como já havia revendido, só foi indiciado em inquérito e não ficou preso. Também vamos indiciar as pessoas que compraram a mercadoria dele”, avisou o policial.

Batidas

Michelotto enfatizou que o Cope foi designado para fazer vistorias e fornecer alvarás em todas as joalherias de Curitiba e Região Metropolitana, para evitar a receptação de jóias e relógios roubados. “A fiscalização será mais rigorosa e mais controlada. Muitos imaginam que as jóias roubadas aqui vão para São Paulo, mas sabemos que a maioria fica aqui mesmo”, comentou.

Sandro, por sua vez, informou que comprou 20 dos relógios apreendidos de um homem chamado Marcos. “As outras peças têm boa procedência, inclusive já apresentei a nota fiscal. Os 20 relógios que dizem que são roubados, já devolvi”, afirmou.

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