Policiais civis da Delegacia de Estelionato e Desvio de Cargas (DEDC) prenderam em flagrante cinco pessoas integrantes de uma sofisticada quadrilha de estelionatários.

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A prisão ocorreu dentro do Cartório de Registro de Imóveis do Portão, em Curitiba, no momento em que o bando tentava finalizar a venda irregular de dois terrenos no litoral de Santa Catarina.

De acordo com as investigações, na tarde de quinta, os membros da quadrilha iriam com a vítima para finalizar a compra de um segundo terreno, apresentando toda a documentação falsa.

Os policiais da DEDC se deslocaram até o cartório, e no momento em que os cinco membros da quadrilha estavam fazendo a transação, os policiais adentraram no local e deram voz de prisão a todos os envolvidos, apreendendo a documentação falsa. Durante a investigação não restou comprovada qualquer atividade criminosa por parte dos funcionários do cartório.

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Segundo o delegado-adjunto da DEDC, Matheus Laiola, no início deste mês de março, compareceu à delegacia uma pessoa contando que havia sido vítima de algumas pessoas quando comprou dois terrenos na cidade litorânea de Itapoá-SC.

A venda destes terrenos foi intermediada por Maria Nely Marques Miranda, 63 anos, presa em flagrante, proprietária da Imobiliária Nely Marques, localizada no Cristo Rei, em Curitiba.

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Pelo primeiro terreno, vendido em novembro de 2013, a vítima pagou R$ 130 mil para Maria. O terreno estava em nome de Florisvaldo Gomes de Azevedo, 47 anos, também preso em flagrante.

Pelo segundo terreno, a vítima pagou R$ 70 mil para a dona da imobiliária, faltando ainda mais R$ 40 mil para quitá-lo. O terreno estava em nome de Vanderli de Oliveira, 48 anos, preso em flagrante.

No início deste ano, a vítima foi comunicada pela real responsável legal dos terrenos que ela nunca havia vendido estes terrenos. Por coincidência, a dona dos terrenos é uma prima distante da vítima.

Desesperada, a vítima entrou em contato com Maria e TFL, advogado licenciado, amigo em comum da vítima. “Esse advogado disse para ela que não havia nada de ilegal”, contou o delegado, lembrando que o advogado também foi preso.

Conforme Laiola, o advogado da imobiliária, Edinaldo Linhares de Oliveira, 44 anos, preso em flagrante, também participou do crime. “Por inúmeras vezes tentou comprovar que as transações eram lícitas. Visando provar a legalidade da negociação, foram mostrados à vítima documentos em que os tios dela haviam transferido para Azevedo e Oliveira os terrenos. Entretanto, isso é impossível, já que ambos os tios da vítima faleceram em 1987”, contou o delegado.

“Há provas robustas de que todos estes presos se organizaram para lesar a vítima por várias vezes. A investigação está farta de provas de que estas pessoas formaram uma quadrilha para lesar em R$ 200 mil a vítima”, disse o delegado.

“Trata-se de uma sofisticada quadrilha que conseguimos prender e desmantelar. Todos foram autuados em flagrante pela prática dos crimes de associação criminosa, estelionato e uso de documento falso”, disse o delegado-titular da DEDC, Marcelo Lemos de Oliveira.