O empresário Claudionor Lemos de Amorim, 43 anos, proprietário da rede de restaurantes Divino Mestre, em Curitiba, foi vítima de assaltantes. O latrocínio foi confirmado pela polícia logo após a prisão de um dos suspeitos de participar do crime, às 19h de quarta-feira. O empresário foi morto com um tiro à queima-roupa na barriga quando estava em sua chácara, na localidade de Borda do Campo, em São José dos Pinhais, na madrugada de segunda-feira.
Prisão
O servente de pedreiro Mário Sérgio dos Santos, 22 anos, foi detido pela polícia logo após desembarcar de um ônibus na região onde mora, na Borda do Campo. Levado à delegacia, ele confirmou a sua participação e de outras pessoas no latrocínio.
Os demais envolvidos já foram identificados pela polícia e continuam foragidos. São eles: Márcio dos Santos, 22, o “Marcinho”, Alexander Tottene Muniz, 21, Marco Aurélio do Santos, 31 (irmão do detido), e Devaldir Baraldi, 30. Os dois primeiros participaram efetivamente, em companhia de Mário, do assassinato do empresário. Marco Aurélio foi quem levou o grupo até a entrada da chácara, utilizando o veículo dele (Gol). Devaldir, mediante pagamento de 100 reais, emprestou o seu revólver para Mário. Todos eles vão responder por formação de quadrilha e “Marcinho”, Mário e Alexander por latrocínio.
Assalto
De acordo com informações de Mário, que é mais conhecido como “Bira”, no último domingo, por volta das 22h, “Marcinho” encontrou com ele em um bar e disse que tinha uma chácara “para ser feita”. Convidaram Alexander e com a ajuda de Marco Aurélio partiram para a chácara do empresário.
“Bira”, “Marcinho” e Alexander desceram do carro armados, cada um carregando um revólver calibre 38. Marco Aurélio após deixar o trio no local foi embora com o seu carro.
Os três se separaram e cercaram a casa mas, devido a movimentação, os cachorros da propriedade começaram a latir, alertando o empresário que algo estranho estava acontecendo. Claudionor saiu da casa armado com um pedaço de pau que pegou na lareira. Ao circundar a casa, o empresário deparou com “Marcinho” e Alexander que dispararam suas armas. Foram disparados dois tiros e um deles acertou a barriga de Claudionor. Depois dos disparos, “Bira” quebrou a vidraça da casa e o grupo entrou. Nesse momento a esposa, a filha do empresário e a empregada, se refugiaram em um dos banheiros.
Os indivíduos pegaram, no quarto do casal, uma bolsa e em seguida fugiram a pé. No meio do mato, a poucos metros da chácara, fizeram a divisão do que foi arrecadado. “Bira” contou que o grupo arrecadou R$ 2.100 em dinheiro e mais cheques. O dinheiro foi repartido em partes iguais, 700 reais para cada um. A bolsa – com os cheques e demais pertences – foi levada por Alexander, segundo a polícia. Na bolsa, além da quantia, estavam documentos pessoais e telefone celular da esposa do empresário. O malote de dinheiro, com a arrecadação nos restaurantes durante o final de semana e que também estava na casa, não foi levado.
Socorro
Ao pressentirem que os ladrões já haviam ido embora, as ocupantes da casa saíram e encontraram Claudionor caído na porta dos fundos sangrando. Na seqüência, o empresário foi transportado pelos familiares até o hospital de São José dos Pinhais, onde faleceu.
Os policiais que participaram das investigações (André, Geraldo, Pedroso, Antônio Carlos, Jorge, superintendente Sérgio) e o delegado José Roberto Jordão continuam atrás dos demais acusados. O único detido até o momento afirmou que não possui antecedentes criminais.