Suspeito de pertencer a uma quadrilha que tentou assaltar uma revenda de carros, no Boqueirão, em setembro, Alcione de Andrade, 46 anos, foi preso anteontem por policiais civis do Centro de Operações Policiais Especiais (Cope). Ele carregava a carteira de identidade em nome de uma criança, de 1 ano, que morreu há mais de 30 anos. Segundo a polícia, Alcione já cumpriu 24 anos de prisão por roubo e latrocínio e voltou a praticar crimes depois de sair da cadeia. Ele foi detido em março do ano passado, suspeito de assaltar uma residência.
O delegado Leonardo Carneiro conta que o roubou à revenda de automóveis não deu certo, porque os suspeitos tentaram levar um veículo com as chaves de outro carro. Eles se assustaram e fugiram num Uno, que foi localizado pela polícia após três meses de investigação.
Pais
Alcione estava na direção do carro e apresentou documento falso. “Nós desconfiamos do RG porque o documento tinha numeração recente”, disse. Os policiais, então, mostraram fotos de possíveis familiares e o homem não identificou as pessoas.
Os pais da criança, que constavam no RG, confirmaram que o nome usado era do filho morto há três décadas. Alcione foi desmascarado e a polícia descobriu que estava evadido da Colônia Penal Agroindustrial (CPAI). “Ele já possuía três mandados de prisão em aberto por roubo e latrocínio”, contou o delegado.
Em março do ano passado, Alcione e quatros comparsas foram presos pela Polícia Militar por envolvimento no assalto a uma casa, no Água Verde. Eles foram localizados em uma residência, na Rua Ivan Romeu Teixeira Júnior, Pinheirinho, onde foram apreendidos R$ 54 mil, quatro carros, armas, drogas, aparelhos telefônicos, duas pistolas, três quilos de maconha, documentos falsos, um giroflex e roupas da Polícia Civil.