Preso liga para rádio de dentro da delegacia de Cornélio Procópio

Um telefonema a um programa de rádio de Cornélio Procópio, no último final de semana, causou polêmica na cidade. O telefonema teria sido dado por um preso, recolhido na cadeia do município, que ligou para fazer reclamações do atendimento médico e uma denúncia. Ele acusou um auxiliar de carceragem que trabalhava naquela unidade de vender celulares aos presos, por cerca de R$ 1 mil. A Polícia Civil local já abriu inquérito para averiguar o caso.

O delegado José Aparecido Jacovos, da 11.ª Subdivisão de polícia, acredita que o caso deverá ser elucidado rapidamente. O primeiro passo que foi tomado, depois da abertura do inquérito, foi chamar o auxiliar acusado para ser ouvido. Ele negou as acusações de venda de celular. Também alegou que os presos não gostavam dele porque é um carcereiro rigoroso e não deixa passar nenhuma irregularidade na cadeia. O servidor ficará afastado do trabalho, enquanto as investigações prosseguirem.

Jacovos também explica que deverá solicitar à Justiça a quebra de sigilo telefônico do repórter que recebeu a ligação, para se descobrir o número de celular que ligou ao jornalista. Se a polícia também conseguir verificar que a ligação realmente partiu da cadeia, o próximo passo será a identificação do preso que fez a ligação e como o celular entrou na cadeia. O suposto detento deu entrevista usando o codinome ?Campina?. No entanto, explicou o delegado, esse apelido não existe nos registros da delegacia. Um ?pente-fino? também deve ser feito, de surpresa, a qualquer momento, no presídio.

Além da abertura de inquérito, que investiga o lado criminal do caso, um procedimento interno foi aberto na Polícia Civil. Em paralelo, a sindicância deve averiguar a conduta do servidor afastado.

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