Confusão e morte

Preso enteado que matou padrasto no Tatuquara

Jean Monteiro da Luz, 22 anos, confessou friamente que matou o padrasto, Arnaldo Fernandes, 39 anos, no dia 7, para defender a mãe. O rapaz foi localizado pela Delegacia de Homicídios (DH) na tarde de sábado, perto do local do crime, no Tatuquara, após denúncia de que estaria ameaçando de morte familiares da vítima.

Segundo seu relato, ele chegava em casa, quando ouviu uma discussão entre a mãe e o amásio. Ao entrar viu o padrasto agredindo a mulher, acompanhado de outro homem. “Tentei resolver a situação. Quando empurrei meu padrasto contra a parede, ele levou a mão à cintura para pegar a arma. No momento que ele sacou, eu a tomei da sua mão e dei três tiros. O amigo dele tentou me segurar e disparei duas vezes nele também. Os dois eram drogados”, relatou.

A outra vítima, Carlos Kubichen, 44 anos, está internada, sem risco de morte. “Aquela não foi a primeira vez que a minha mãe apanhou dele. Tinha parentes no quintal ouvindo. Ela estava ensanguentada gritando e ninguém a ajudou”, disse Jean.

Testemunhas

O delegado adjunto da DH, Cristiano Quintas, explicou que testemunhas disseram que ele entrou armado na casa com intenção de matar Arnaldo. “Com o resultado de exames feitos no corpo de Arnaldo, saberemos se a história contada por ele é verdadeira”.

Jean ficou foragido durante alguns dias e voltou para o bairro no sábado. Familiares da vítima entraram em contato com a DH para informar que ele os ameaçava, no entanto, Jean afirma que não teve nenhum contato com esses parentes após matar o padrasto.

O rapaz, que não tem antecedentes criminais, vai permanecer detido no Centro de Triagem de Piraquara, e responderá por homicídio, tentativa de homicídio e coação de testemunhas no curso do processo. “Mesmo se comprovada a legítima defesa, não se justifica a fuga do rapaz e as possíveis ameaças”, comentou o delegado.