Preso bando que dava golpes com cheques

Uma quadrilha que estava lesando várias empresas da cidade, aplicando golpes com cheques adulterados, foi desfeita pela Polícia Militar, na tarde de ontem. O grupo foi descoberto quando um dos integrantes, Mykon Evangelista de Sousa, 23 anos, que usava nome falso, tentava descontar um cheque no valor de R$ 9.430,00 no Banco Itaú, em Pinhais.

Segundo o tenente Rui Barroso, depois que o rapaz foi preso em flagrante ele denunciou outros dois comparsas, Nilton Antônio de Melo, 27 anos, e Wagner Galvão Bettini, 34, que foram detidos em um hotel na periferia de Curitiba. De acordo com o policial, os integrantes da quadrilha pegavam folhas de cheques de empresas e alteravam a numeração contida nelas, mantendo apenas o nome. Em seguida, forjavam as assinaturas e os valores. Barroso contou que as investigações tiveram início após o contato de várias empresas que alegavam que cheques que nunca foram emitidos estavam sendo descontados.

Golpe

De acordo com a polícia, Mykon foi detido quando tentava descontar o cheque de uma empresa no caixa do banco. Com ele estava uma carteira de identidade falsa em nome de Cristiano Nunes, 29 anos, mas com foto verdadeira. Neste instante os policiais, que já desconfiavam de Mycon, o detiveram em flagrante. Entretanto, a falta de retorno para os outros integrantes do grupo fez com que o golpe não fosse efetuado com sucesso. O planejado era que enquanto Mycon descontava o documento de alto valor o gerente do banco entraria em contato com o emissor do cheque. Enquanto isso, os outros membros da quadrilha, que simulavam estar fazendo manutenção do equipamento telefônico da empresa, atenderiam a ligação fazendo-se passar pelo responsável pelo cheque. Desconfiados de que algo de errado havia acontecido, os dois voltaram para o hotel onde estavam hospedados, conforme as informações da polícia.

Versão

Os três rapazes negaram a participação no golpe. Nilton e Wagner disseram à polícia que vieram de Londrina e estavam de passagem por Curitiba a caminho de Balneário Camboriu. Mycon alegou que pegou o cheque com outros dois indivíduos que acabara de conhecer. “Eu receberia 20% de comissão para descontar o cheque”, disse. “A história está confusa porque eles não querem dizer nada para não se complicar. Mas estamos investigando as ramificações desta quadrilha em Santa Catarina, São Paulo e no interior do Estado”, comentou Barroso, acrescentando que com eles foram apreendidos vários fios telefônicos, quatro celulares, dois telefones usados para grampear as ligações nas empresas e identificações funcionais das seguintes empresas telefônicas: Koerich, Construtel, Telenge, Telesc, Brasiltelecom e Integração. Os três acusados foram encaminhados para a delegacia de Pinhais.

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