De uma só vez, policiais da Delegacia de Campo Largo elucidaram dois assassinatos cometidos na localidade de Bugre, no município de Balsa Nova. O acusado é o mesmo homem: Reinaldo Bührer, 29 anos, conhecido como “Polaco”, que teria matado o marido de sua amante e o dono de uma chácara que pretendia tomar para si.

O corpo de Idavino Chagas, 40 anos, morto por espancamento, foi encontrado na Estrada do Bugre no dia 1.º de junho. Em investigações, a polícia descobriu que a amásia dele, Olinda, teria um relacionamento extra-conjugal com “Polaco”, até então o melhor amigo da vítima. Idavino, que era encrenqueiro e alcoólatra, soube do romance durante uma briga com enteados de Olinda. “Idavino comentou que iria matar o rival”, relatou o escrivão da delegacia de Campo Largo, Patrick Mazzolli.

Morte

“Polaco” soube da intenção do rival e resolveu se antecipar. Na véspera do assassinato, programou uma pescaria com o “amigo”, já premeditando o crime. O carro em que estavam teve um defeito mecânico e a pescaria foi cancelada – mas Idavino afirmou que, no dia seguinte, visitaria a chácara de seu pai.

Conhecendo o trajeto da vítima, “Polaco” aguardou nas imediações da residência de Idavino em 1.º de junho. Quando este saiu, recebeu a oferta de uma carona do criminoso. O autor disse que precisava passar em sua chácara, no Bugre, e no meio do caminho parou o carro dizendo que o pneu estava murcho. “Quando Idavino saiu para dar uma olhada, Polaco acertou-lhe um golpe com o cabo de uma foice. A vítima caiu desacordada, levou mais quatro ou cinco golpes e foi deixada no mato”, disse o policial.

Outro

Entre o dados levantados sobre este crime, a polícia soube que a chácara que “Polaco” dizia ser proprietário, próxima ao local do assassinato, pertencia a Arlindo Knap. Arlindo, que era acusado de matar a própria esposa, foi fuzilado com três tiros e encontrado morto em 20 de março de 2002, caso que permanecia insolúvel desde então. “Polaco entrou em contradição durante o depoimento e acabou confessando ter matado Arlindo. Sabia que o homem morava sozinho e imaginou que pudesse ficar com a propriedade. Só esperou baixar a poeira”, disse Mazzolli.

O acusado, sem passagem anterior pela polícia, teve mandado de prisão expedido pela Justiça e foi preso pelos dois homicídios.

continua após a publicidade

continua após a publicidade