Acusada de assassinar a dona de casa Marlene Camila dos Santos, 39 anos, com 51 facadas, no dia 7 de novembro de 2000, Cássia Mara dos Santos Souza, mais conhecida como “Kátia”, 49 anos, foi presa por policiais militares do serviço reservado do Comando de Policiamento da Capital (CPC), ontem pela manhã. A mulher estava com mandado de prisão decretado desde a época do crime, mas só foi localizada agora pela polícia e nega qualquer envolvimento no assassinato. Cássia foi presa na Rua Marapá, n.º 62, Jardim Tamoios, em Piraquara, e conduzida à delegacia local.

Cássia foi denunciada pela comparsa, a vendedora Gildete Moreira da Silva, mais conhecida como “Gil”, 31 anos, que confessou seu envolvimento. Manoel Pedro do Nascimento, o “Manezão”, que também participou do homicídio, já morreu. Gildete já foi julgada e condenada há 20 anos de reclusão. Ela cumpre pena na Penitenciária Feminina, em Piraquara.

Homicídio

O crime aconteceu na noite do dia 7 de novembro, na casa de “Gil”, na Rua Luiz Carlos de Oliveira, Jardim Caiçara, em Piraquara. De acordo com ela, o assassinato foi premeditado e os autores dos golpes foram Manoel Pedro e a amásia dele na época, Cássia Mara. O casal chegou a ser detido para a averiguação e interrogado, mas negou qualquer envolvimento e foi liberado. Horas depois, Gildete foi localizada e afirmou que o casal planejou o crime e ela foi obrigada a participar.

Segundo Gildete, Cássia tinha muito ciúme de seu amásio e suspeitava que Marlene tinha mantido um relacionamento amoroso com ele. Por esse motivo arquitetou o plano da morte da rival. Inicialmente, pretendia comprar um revólver para eliminá-la. Como não conseguiu, foi até a casa de Gildete, onde costumava se hospedar com o amásio, e os três planejaram como seria o crime. Cássia pediu para que ela fosse à casa de Marlene e avisasse que o namorado dela, um indivíduo conhecido como “Sérgio da Moto”, queria encontrá-la à noite, na casa de Gildete. Marlene se arrumou e foi até a casa da vizinha, onde deixou as chaves de sua moradia.

Gildete, que já havia ido embora, foi até a casa da vizinha e pediu um facão emprestado com a desculpa de que precisava cortar carne.

Pouco depois, Marlene chegou e ao invés de Sérgio encontrou Manoel, Cássia e Gildete. Ela sentou no sofá para aguardar a chegada do namorado e todos começaram a beber pinga. De repente, Gildete agarrou o pescoço de Marlene, tentando sufocá-la, enquanto Manoel e Cássia desferiram os golpes.

Segundo Gildete, após o assassinato, Manoel embalou o corpo em um saco plástico e depois em uma lona preta. Os três levaram o corpo até uma valeta nas proximidades. Depois Gildete retornou para casa e lavou a moradia.

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