Dois rapazes foram presos na noite de sábado no Sítio Cercado, portando dois revólveres calibre 38, colete balístico e munições. Com um dos detidos -Evandro Geis Abreu, 20 anos -policiais militares da Companhia de Operações e Eventos encontraram uma página da edição da Tribuna de sábado com reportagem sobre dois homicídios consumados e dois tentados, praticados no bairro entre quinta e sexta-feira. Por conta disso, os policiais suspeitam que Evandro e o comparsa – Leandro de Carvalho Vieira, 28, – podem estar envolvidos na onda de crimes registrada na região.

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Evandro foi preso por volta das 20h, após denúncia de que havia um homem armado em um bar na Rua Pedro Airton Zimmermann. Durante abordagem, a equipe encontrou um revólver e a página do jornal. Leandro foi preso na sequência, na casa de uma garota, na Rua Luiz Gurgel do Amaral Valente. Com ele, também foi apreendido um revólver, um colete à prova de balas e munições. A reportagem que levou o título “Reunião Mortal”, que relata a execução de Virgílio Rogério Veneri Marins, 22, assassinado com tiros de pistola pelas costas na casa onde morava no Bairro Novo A, foi uma das guardadas por Leandro. A polícia apurou que a vítima estava em companhia de dois rapazes e de uma moça quando foi baleada. A suposição é que Leandro seja um dos atiradores.

A outra notícia é sobre a morte de um rapaz não identificado e outros dois baleados nas ruas José Prussak e Tijucas do Sul, próximo das ruas onde Evandro e Leandro foram presos. De acordo com apurado pela polícia, o assassino portava um revólver do mesmo calibre apreendido com os suspeitos detidos. O tenente Centoni, da Companhia de Operações e Eventos, desconfia que Evandro guardou o jornal para se “gabar” dos crimes. “Por isso são considerados suspeitos”, afirmou o policial.

A dupla foi encaminhada ao Centro Integrado de Atendimento ao Cidadão (Ciac-Sul), no Portão, e teve flagrante lavrado por porte ilegal de arma.

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Ao contrário da informação divulgada pela equipe da Homicídios, a mãe de Rogério, Reunides Veneri, declarou que o filho não tinha antecedentes por tráfico de drogas, mas sim por roubo. “Ele foi preso com 18 anos, acusado de roubo, mas estava apenas no lugar errado e na hora errada. Esta história já foi encerrada e desde então ele trabalhava como auxiliar de produção”, garantiu.

Outro

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Também na noite de sexta-feira, Islone Schmidt Pereira, 23 ano, foi assassinado com tiros de pistola. Apesar de o crime ter ocorrido cerca de meia hora depois da execução de Virgílio, o delegado Rubens Recalcatti, da Delegacia de Homicídios, acredita que não há relação entre os casos, cuja motivação está sendo apurada.