Presa cúmplice de Neviton

A advogada Andressa Maria Beotoni, chefe do departamento jurídico da empresa Vera Cruz Empreendimentos e da TV Injustiça, foi presa, no final da tarde de quarta-feira, por policiais da Delegacia de Estelionato e Desvio de Cargas. Ela estava com mandado de prisão decretado pela Justiça, acusada de envolvimento na extorsão em uma mineradora de ouro, em Campo Largo, cujo proprietário vinha sendo chantageado por Neviton Pretty Caetano, que também está preso.

O delegado Roberto Heusi, titular da delegacia, confirmou o novo mandado de prisão contra Neviton, decretado pelo juiz da Central de Inquéritos, mas preferiu não dar detalhes e não falou sobre a advogada, que foi ouvida às 10h de ontem. Neviton foi interrogado às 16h de ontem, acompanhado de seu advogado, Dálio Zippin Filho.

A última notícia divulgada pelo site era de que uma mineradora em Campo Largo estava funcionando irregularmente. Neviton teria pedido dois quilos em barras de ouro para tirar a suposta denúncia do ar.

Prisão

Neviton está recolhido no xadrez desde o dia 7 deste mês, quando teve a prisão decretada pela Justiça, sob a acusação de extorquir um empresário. Na ocasião, foram apreendidos vários documentos contra ele e encontradas armas em sua chácara. Por este motivo, ele também foi autuado em flagrante por porte ilegal de arma. Após a prisão, várias vítimas procuraram a polícia para denunciar que foram lesadas. Contra si, Neviton ainda tem inquéritos anteriores, que estavam distribuídos em distritos policiais de Curitiba e delegacias da RM, além de uma ação penal, que tramita na 8.ª Vara Criminal.

Vigarista fica calado durante interrogatório

Acusado de mais um crime de extorsão, Neviton Pretty Caetano teve sua prisão preventiva decretada e foi interrogado, na tarde de ontem, pelo delegado Roberto Heusi, na delegacia de Estelionato e Desvio de Cargas. O advogado de Neviton, Dálio Zippin Filho, acompanhou a sessão, que durou mais de duas horas.

Segundo Zippin, Heusi fez cerca de 50 perguntas a Neviton, em relação a um crime de extorsão e a outros oito inquéritos policiais, instaurados desde o ano de 1999, pelos crimes de estelionato, falsificação de documentos e disparos a esmo. O acusado negou-se a respondê-las, afirmando manifestar-se apenas em juízo. Ao término do interrogatório, Neviton foi levado ao Centro de Operações Policiais Especiais (Cope), onde está recolhido. Outros 28 boletins de ocorrência por estelionato, registrados contra ele, estão sendo investigados pela especializada.

O delegado afirmou que este é o segundo mandado de prisão preventiva por extorsão expedido contra Neviton, mas negou-se a dar mais detalhes do caso.

Mina de ouro

Há suspeitas que Neviton tenha tido a prisão decretada por extorquir o proprietário de uma mina de ouro em Campo Largo. Ele teria recebido a informação que, no local, 50 toneladas de argila, misturadas com o minério, eram retiradas mensalmente e levadas ao estado de São Paulo para serem processadas. Sabendo disso, ele teria passado a ameaçar o proprietário da mina, pedindo R$ 2 milhões para retirar a denúncia do site da TV, do qual era proprietário. Também suspeita-se que a advogada Andressa Maria Beotoni tenha participado das negociações.

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